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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Colação de grau

Naquela noite, senti minhas pernas bambas. Não era a chuva, não era o vento, não era o frio. Era o medo de nada dar certo. De ser o fim, não um recomeço. Medo do meu sorriso não receber de volta os mesmos sorrisos. Do meu abraço não encontrar outros braços. De ser só. 
Na verdade, eu cheguei só e esperava as pessoas que mais amo me aplaudirem, mas elas não estavam lá. De cinco em cinco minutos eu olhava pra porta, mas não os via chegar. No último segundo, meu coração disparou. Avistei as duas pessoas mais importantes da minha vida entrarem no salão. Meu rosto se iluminou e esta cena terminou num abraço.
A cerimonia se inicia. Por diversas vezes segurei as lágrimas. Um emaranhado de lembranças e uma sensação de término tomou conta de mim.
Não tem mais o professor te dando bronca por falar demais, não tem mais o amigo que sentava todo dia ao seu lado.
E disso, todos nós sentiremos falta. 
Não escondi o choro, nem a dor. Cada gota lavou a alma e carregou consigo todo e qualquer sentimento ruim. No momento final, só pude abraçar todos aqueles que de alguma forma fizeram diferença na minha vida, nem que tivesse sido mínima. Abracei, como se fosse o último abraço e talvez o mais verdadeiro deles. Um "boa sorte" e um "muito obrigada" saiam da minha boca espontâneamente. Era tudo o que eu conseguia dizer em meio ao pranto.
Prestes a ir embora um pressentimento de dever cumprido pairou sobre o ar. Estava deixando o passado e começando uma nova vida. Novas surpresas, novos amigos, novos sentimentos, novo ano. Talvez a semente de amor plantada em alguns corações permaneça viva. Este é o desejo, mas nem tudo sai como queremos.
Mas, quem sabe do futuro?!
O importante é termos FÉ e RAÇA.
Obrigada a todos!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ciúme, antônimo de amar

Funesto sentimento que vaga entre nós, é este que veio para ferir e tornar escravo, amaldiçoar e destruir. Este que nos torna impotente diante da segurança, onde o medo de perder quem se ama toma conta do coração, do corpo e da alma, fomentando na capacidade do TUDO. 
A paixão se converte em obsessão, até tornar-me entorpecida diante dessa guerra de emoção, incorporada no medo da substituição, do esquecimento e da ilusão.


Texto por: Daniela P.
Foto: Ana Carolina
quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seria simples

Tudo poderia ser mais simples se eu me convencesse que as coisas não são tão simples como eu penso. Nada pode ser resolvido com algumas palavras enquanto tudo pode ser resolvido com nenhuma delas. Seria mais simples se eu soubesse que não sei me colocar no lugar das pessoas. Baseio minhas atitudes no que eu julgo ser correto. Lastimável é não perceber que pessoas são distintas assim como seus pensamentos e atitudes. Mas o contrário me parece tão lógico que não me preocupo com segundas visões ou segundas possibilidades. Seguir em frente sempre é mais simples do que virar para a direita ou para a esquerda. Porém andar pra trás possa ser mais conveniente. Complicado, mas simples. Mas do que eu possa ver, sentir ou entender.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Regra geral: AMAR

"Nós podemos lutar contra nossos desejos, mas quando começamos a fazer fogo, nós vamos ficando cada vez mais quentes."
Mas particularmente, esse fogo ta me queimando! Me consumindo, tirando meu fôlego...
As vezes, quero estar perto de você e distante, simultaneamente.
Perto; perdendo a noção do tempo. Só estar. Distante, pra não poder te sentir. Ah, as vezes te sentir não é bom. São como cargas elétricas atravessando todo meu corpo; me deixa agitada, querendo, imaginando, desejando, implorando para estar perto, cada vez mais perto. E as vezes, esse conjunto de fatores não combinam. Mas afinal, quem combina hoje em dia? E eu nem quero isso. Prefiro ser cafona. Mandar cantadas e piadas baratas. As vezes eu quase atinjo o objetivo... ou não. Objetivo? Teu coração. Mas eu não quero ser direta. Prefiro os meus rodeios linguísticos e todo aquele "encher linguiça" completamente subjetivo e sentimental; mas que no final, têm algo a dizer, mesmo que nas entrelinhas.


Posso te contar um segredo? Eu tenho medo, muito medo! Tenho medo do "eu te amo" , principalmente daquele não dito em retorno. Medo do não, medo do nunca, do vazio, do incompleto. Todos têm medos infundados, inclusive você...
Mas medo do amor?! Pois é, eu tenho.
Talvez muitos tenham, mas a vergonha ou talvez a irônia de ter medo de dizer que tem medo do amor, não os deixam que digam.
O "eu te amo" é algo que evito dizer pra você...
Antes já foi mais fácil dizer, agora não. Dizer isso pra você, soa algo muito sério, mas que o normal. Como se fosse um compromisso, como um "para sempre". Só tenho medo, de você não querer ouvir isso. Mesmo não dizendo, você sabe, você sente, tenho certeza!
Você não é nem um pouco bobo e agora posso dizer que me conhece por completo.
Só não sei se entende o que quero dizer... e pra falar verdade nem eu tenho. Só escrevo involuntariamente agora, pra você. Como já fiz dúzias de vezes. E em todas elas, nada saiu como queria. Talvez como agora. 

Se eu pudesse te mostrar o quanto você é importante talvez não precisasse de tantas palavras. Um abraço agora seria essencial!


Só quero fazer um pedido.
Eu me conheço, conheço meus defeitos e sei que eles as vezes me atrapalham.
Mas apesar dos pesares, promete sempre me ouvir? Acreditar, ou pelo menos tentar?
Eu sonho muito, e em alguns desses sonhos você está incluído. Sonha comigo! Imagina comigo! Talvez nos nossos sonhos a gente se encontre e lá eu posso te mostrar tudo que eu quero que você veja, tudo que eu quero que você sinta comigo!
Se expressar não é tão fácil como parece, e eu digo tudo isso hoje, sem muita coragem e com aquele medo do começo. Porém, aliviada. Com muito mais coisas a dizer, mas o resto eu te digo no sonho...

Texto por: Daniela P. dedicado à Ph Saldanha.

 
quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Epíteto: AGRADÁVEL!

O que a palavra rotina soa pra você?
Bom, um dos adjetivos que eu costumo ouvir é chato, monótono, tedioso, vazio, cansativo e por ai vai.
Eu não tinha percebido, até hoje, como a rotina é tão boa!
Aliás, fazer todo dia a mesma coisa, tem sua vantagem... mas você precisa pagar um preço. E não é nada barato. É necessário ter certeza de que vale muito a pena. Afinal, certas coisas consomem muito seu tempo e tempo é dinheiro.
Mas por isso, eu daria todas as minhas economias se fosse necessário.
Daria tudo, pela certeza de que todo dia, ouviria uma voz que me aproximasse de quem eu amo. Se todo dia, pudesse sentir alguém tão perto mesmo morando tão longe. Se todo dia meu sorriso encontrasse outros sorrisos e com eles fizéssemos juntos uma melodia propícia de felicidade. Se todo dia, vocês prometerem serem vocês mesmo, dessa mesma forma. 
Os escrúpulos e a etiqueta, a gente deixa pra uma ocasião mais oportuna.
Nessa rotina não há omissão com quem se sente em casa.
Só temos uma regra: sempre tem lugar pra mais um!
Conhecer pessoas novas é o que a gente adora!
Conhecer e conviver com vocês, é minha paixão; uma necessidade diária que eu ainda não assumi pra mim mesma.
E é sim, super chato, monótono, tedioso, vazio, cansativo, quando vocês não estão presentes. Num momento que felizmente é raro.

Se alguém não conhece a essência de uma rotina agradável, sinto ter que causar inveja a vocês... mas
eu conheço!

Abrindo um espaço aqui no blog, pra fazer essa pequena homenagem aos meus amigos.
Obrigada pela rotina maravilhosa!


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Segredos da amizade


 Bom, criei 3 passos para uma amizade duradoura. Funciona comigo e espero poder ajudar alguém com o post a seguir. Não é nenhum segredo, pra falar verdade, apenas coisas 3 simples, mas que infelizmente algumas pessoas não conseguem enxergar.

1° Passo: Respeitar as diferenças.
Todos nós temos o direito de não concordar com alguém, não gostar de um determinado estilo, música, cultura e até de outro alguém. Porém, aprender a respeitar as diferenças quebras as barreiras de qualquer preconceito que possa existir entre as pessoas. Mas isso não é novidade. O problema começa quando os verbos ACEITAR e RESPEITAR são vistos como sinônimos. E eles são completamente divergentes! "Aceitar" envolve uma complexidade de aspectos completamente limitantes. Aceitar é se conformar. Aceitar é como se houvesse regras a ser seguidas. É impossível amar alguém de verdade, se uma série de limitações se faz presente. Já respeitar, é entender. É abrangente, é revigorante. Está diretamente associado com a intensidade dos sentimentos.
2° Passo - Deixar o orgulho de lado.
Quantas vezes perdemos pessoas que eram especiais, por causa desse maldito orgulho? Quantas vezes esperamos aquela pessoa que gostamos nos procurar e nos frustramos por isso não acontecer? como se existisse algum tipo de norma pessoal que só nos permitisse procurar aqueles que amamos n vezes, e depois disso seria o fim da amizade. Na verdade, até existe essa norma. O princípio do Orgulho!
Muita gente faz questão de aplicar em suas vidas. Por causa disso, nós perdemos. Por nada. Esperar demais das pessoas, seria uma opção. Ainda sim, não seria uma justificativa válida. Não é vergonha, muito menos chatice, correr atrás de quem a gente gosta. Pelo contrário, é um elogio! De que você vale a pena e que nada foi ou será em vão. Eu sei que uma hora cansa. Dá vontade de falar as palavras mais horrorosas do mundo, chutar o balde e procurar quem te dá valor de verdade. Porém, o cansaço é derivado de tentativas sucessivas. Significa que você faz a sua parte. Ao menos tente. Sentar, esperar, parar... é sinal verde pro fim.
3° Passo - Aprender a ouvir. 
Ouvir é um exercício praticado por quase ninguém. É praticamente um martírio. Pra mim, é uma arte. Ouvir conselho é quase permitir que alguém viva sua vida por você, é quase uma ordem, não é mesmo? Não! Absorver e refletir, te faz crescer interiormente. A verdadeira falha implícita na vida das pessoas, é achar que ouvir, é tomar decisões dependentes de opiniões externas, como se isso ferisse sua independência e por isso prefere negar qualquer palavra.
Se vocês soubessem quantos problemas poderiam ser evitados se simplesmente ouvissem...
Mas não há como entender isso se a vontade de dar sentido a tudo é baseado numa visão pequena e incompleta. Uma visão, que poderia ser expandida, se nossos ouvidos não fossem tão seletivos ao que vai apenas dentro de nós.

PENSE!



"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."
Albert Einstein

Texto por: Daniela P.
Nas fotos: Luiz C., Beatriz G., Rafael R., Ana Carolina, Heloiza M.Daniela P., Pedro C. e Jeff G.
domingo, 17 de outubro de 2010

Hoje eu descobri o fim

Eu cansei de esperar uma resposta.
Na verdade, eu parei de querer uma resposta pra tudo. Uma decisão, uma direção. Não quero mais. Apenas decidi dizer não, dizer pare pra todas as coisas mal-resolvidas ou sem solução. Aprendi a ser como você; a deixar as vozes da negativa me guiarem em sentido oposto; deixar apenas a razão e a logicidade falar por mim. Nada de melancolia, drama ou sentimentos meia-boca.
O que eu sentia era real e sincero. "O amor não é aquilo que você quer sentir, mas aquilo que se sente involuntariamente"... e eu não escolhi gostar de você.
Mas hoje escolhi te esquecer!
E se você realmente não queria que eu me apaixonasse, era apenas dizer "olha, você é legal, tenho um carinho enorme por você. Porém, meu eu não permite que eu me envolva sem antes levar em consideração uma série de motivos pelo qual não daríamos certo. Eu os levo muito a sério, e você se encaixa nos parâmetros daquilo que faria tudo dar errado. Simplesmente não dá. Você está livre pra viver sua vida. Não limite seus julgamentos acerca do amor baseado somente em mim. Você tem muito amor pra dar e é um desperdício direcioná-lo todo para mim."
Liberdade!
É isso que eu quero, que você me liberte!
Mas uma vez meu egoísmo sempre exige muito de você. E desculpe-me por isso. Eu apenas queria um rumo. Mas nesse momento, já escolhi um caminho a seguir.



Texto e fotografia por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E essa história... acho que não tem fim!

Motivos? Bom, vamos aos tópicos. 
Primeiro: Não consigo te esquecer! Acho que, na verdade, bem no fundo, essa possibilidade é descartável; a minha alma é verde, nas minhas veias correm esperança e eu simplesmente não conseguirei reduzi-la a cinzas.
Segundo: Por mais que esse amor aparentemente seja desfalecido, por dentro ele é varonil. E essa efusividade de sentimentos é transmitido ao seu ser, toda vez que nosso relacionamento é concretizado, mesmo que apenas em palavras.
Terceiro: É impossível não vê-lo como exceção. Você pode ser dissimulado, pode não dar notícias e quase me matar de saudades; porém não canso de dizer tudo aquilo que vi em você. Tudo aquilo que quase ninguém viu. Tudo que você reprime e esconde com o medo. É impossível não compará-lo com outras pessoas. Cada dia eu provo pra mim mesma, que apenas você tem o poder de me descompassar, de devassar meu espírito, de me libertar de mim mesma...
Além desses, há dezenas de outros motivos que podem ser apenas sentidos... e esse tipo de sentir, ainda não tem nome. Contudo, gostaria de descobri-lo, uma vez que, as palavras me aproximam de você. Por isso eu o faço sempre. Na tentativa de diminuir a distância entre nós.

Texto e foto: Daniela P.
terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nostalgia

Embora o presente seja de profunda importância, o passado me encanta e grandes momentos gostaria de reviver. (...)
Sinto saudade do amor incondicional; da pureza das palavras; dos abraços intermináveis; da roupa suja de terra; da primeira tentativa ao andar de bicicleta; do rosto melado de chocolate; dos banhos de chuva; de deixar o sol bater no rosto, sem nenhum medo; saudade dos tempos de escola... das guerras de bolinha de papel; das brincadeiras no parquinho; dos joelhos ralados; da primeira professora; do primeiro amigo; do primeiro beijo; de comer somente pelo prazer, sem o medo de engordar e de poder repartir, sem aquele pensamento egoísta de que vai sobrar ou não... apenas dar, compartilhar... de coração.
Entretanto, hoje, enfrentamos uma guerra de vaidades, onde o egoísmo fala muito mais alto. Onde a passar fome é permissível diante dos padrões de beleza quase nazistas imposto pelo mundo atual. O primeiro beijo não é mais idealizado. O primeiro amigo é esquecido e a primeira professora é só mais uma.
Não tem mais brincadeiras no parquinho, não tem mais guerra de bolinha de papel e os joelhos ralados, passam a ter cicatrizes...
O sol é inimigo; da chuva, as pessoas correm; andar de bicicleta, não é tão prazeroso e divertido...
Os abraços, não encontram outros braços; a pureza, foi substituída pela banalidade e o amor incondicional? Bem, pra isso, só impondo algumas condições...



Texto por: Daniela P.
Foto: minha irmã e eu (Daniela P.)
quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Embaraço

Às vezes, você simplesmente não pode fazer o que quer, mesmo que seja seu maior desejo no momento. Daí, você deixa as barreiras ficarem na sua frente e não faz nada para retirá-las. Você fica sujeito às limitações e honestamente, eu fico bem assim. Sou incapaz de cometer insanidades e me entregar completamente. Sou medrosa, desconfiada... todos nós somos. Porém, no meu caso, eu uso características como essa, como válvula de escape; saída de emergência ou apenas uma desculpa medíocre para não chutar o balde, largar tudo e deixar meu coração me levar aonde ele quer ir.
Pois é... estamos no mesmo barco, pena que seja em extremidades diferentes. Tentar te alcançar é difícil demais pra mim. Nem que seja pelo balanço do barco, pelo vento... eles atrapalham, por mais insignificantes que sejam.
Perdoe-me por deixar qualquer coisa me parar no meio do caminho.
Quem sabe um dia eu descomplico, pule no mar e nada até você. Ou quem sabe, você faz isso por mim.

Texto por: Daniela P.
domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo

Não há algo que me encante tanto, como o domingo.
Ele é distinto dos outros dias da semana. Pra mim, ele é explêndido, enigmático, sinônimo de recomeço, perfeito para reflexões. Porém, é deturpado como fonte de enfado, desfalecimento e perda de vigor.
A brisa de domingo promove um diálogo direto com a mansidão e a paz; ela é sempre mais quente, mais verdadeira, promovendo estigmas de calor no coração.
Ela difere de outras brisas da semana que trazem fadiga, alarde, fuligem...
As nuvens se tornam como pinturas no céu, estagnadas. O sol se esconde, assim como seu brilho, que é parado por um avalanche fusco de vaidade e presunção.
Por isso, prefiro a brisa de domingo, que faz a mente ignorar o tempo, que tem seu dia preenchido pelo fulgor de lembranças de outros domingos.
O dia do sol, o meu dia, o melhor dia!


Texto: Daniela P.
Foto: Beatriz G.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sim ou não


Quanto mais vezes você diz para você mesmo que não quer ou não pode, mais você se envolve. E quando se vê acorrentado, libertar-se não será tarefa fácil. Dizer não vai passar a pesar na consciência; questões de princípios e de natureza irão bater de frente contra você; razão e emoção irão entrar em fusão e uma guerra interna bombardeará sua mente, até alguém aparecer para te salvar. E com isso, o que pode parecer o fim para ti, será o começo para alguém.
Um sim abre muitas portas. Pode ser considerado sinônimo de recomeço, mas não necessariamente da mesma história. A vida é efêmera e nem sempre ela te concede o tempo necessário para suas expedições em busca daquilo que, muitas vezes, nem se sabe o que é exatamente (o que é um problema, mas provavelmente quando o encontrar, saberá). E isso promove um descompasso que poderia ser evitado com um simples pensamento positivo como "isso pode dar certo". 
Um coração aparentemente insondável, é o que mais têm dúvidas; é o que exclama mais por um sim; que passa a crepitar intensamente espalhando faíscas, mas que são disfarçadas pela névoa da razão. São os mais vulneráveis, os mais previsíveis, os mais dissimulados, são os que mais se envolvem; então um lapso acerca dos seus valores e ideais, às vezes acontece.

Um dia o amor vai bater na sua porta e quando esse dia chegar, será difícil fingir que não tem ninguém em casa...



Texto e foto: Daniela P.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inevitável

Algumas coisas você simplesmente não consegue evitar, como amar por exemplo. Essas coisas acontecem, não há como explicar... e lutar contra fica difícil; às vezes nem quero. Fingir que não sinto nada, talvez possa ser uma opção lógica. Afinal, se entregar a um amor, requer mais que coragem e vontade. E não me pergunte o que é necessário então, que não saberia te responder. Só sei isso. Queria muito entender algumas coisas, mas cada vez que tento me aprofundar mais, mais a minha mente embaralha e por tudo em ordem novamente leva um tempo...
Poderia simplesmente evitar sofrimentos, não ser tão curiosa. Mas eu tenho fascínio pelo mistério, pelo o que vem depois...
Eu quero muito, quero mais que posso ter.
Mas como eu disse, há certas coisas que não dá pra evitar.
Às vezes escrever sobre o amor é cansativo; parece ser algo tão monótono. Aquela mesmice que se afunda em julgamentos e esperanças despedaçadas.
As histórias sempre são as mesmas, só mudam os personagens.
Mas querer escrever uma nova história, é inevitável.
Quem sabe, um dia isso muda...



Texto por: Daniela P.
terça-feira, 21 de setembro de 2010

Insônia

Nesse momento a minha mente está escura. Perdida. Sem solução. Só. Limitada. Sem enxergar um palmo à frente. Sem aquela luz no fim do túnel. Sem uma gota de esperança. Sendo atacada pela fadiga. À procura. Só não sei do que exatamente, e nem por onde começar. E não adianta tentar explicar, ninguém entende.
É madrugada e cá estou; escrevendo coisas sem sentido.
Para ninguém e para nada.


Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pense bem

Sabe o que é difícil? Acordar e ainda tomado pela sonolência, conseguir cravar o pé direito no chão e dizer pra si mesmo "hoje meu dia vai ser ótimo". Mais difícil que isso, é fazer valer essas palavras durante o dia. Difícil, é começar um projeto ou uma conversa de uma forma sábia utilizando as palavras certas para conseguir definir ou descrever exatamente o se quer dizer ou o que sente.
Difícil é mostrar para as pessoas que as suas paixões não são errantes ou passageiras. 
Difícil é sentir e demostrar ao mesmo tempo.
E fácil? Bom, fácil é botar a culpa no azar, em alguém, ou até em si mesmo, quando algum plano fracassa. Fácil é pensar que o mundo conspira contra você, achando que jamais vai encontrar ou ter aquilo que te falta. Fácil é pensar que todo homem se corrompe, que amor se vende e que a solidão te cerca. Fácil é tentar ver além e não conseguir enxergar o óbvio. Mais fácil ainda é esquecer, deixar de sofrer, desapegar-se, sendo estas coisas opcionais. Tendo você o controle acerca de como se sentir hoje e não o contrário.
Então faça uma boa escolha e tenha um ótimo dia!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Insegurança

Essa insegurança inexplicável, inesgotável; limitante; mas ao mesmo tempo se expande e cresce devagar até me tomar por inteira.
Essa vocação para sentir essa maldita insegurança, - que não sei da onde vem - como a chuva da madrugada, que não consta na previsão do tempo e leva a minha confiança com o vento forte. Essa insegurança de ter o brilho próprio ofuscado por outros brilhos, fazendo-me esquecer que o verdadeiro e intenso brilho vem de dentro e não da superfície. Essa insegurança que bloqueia a possibilidade de enxergar a real beleza; que me faz perceber que preciso de muito mais que giz, preciso ser mais que uma boa jogadora para poder confiar no meu taco... preciso de bolas viciadas! Essa insegurança que cava um buraco em minha alma, transformado num quase abismo de incertezas perdidas na escuridão; numa erupção de dúvidas personificadas. Essa insegurança que nao sei se tem fim; que emerge e simplesmente não consigo mais afogá-las com as minhas mágoas; que peregrina melancolicamente no meu interior; que é alimentado a cada dia e sente fome cada vez mais.
Essa insegurança que não sei como evitar...





Texto e fotografia por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.

Tenha um bom dia!

Eu não sou de cumprimentar, mas eu desejo que você tenha um bom dia!
Espero que seu céu esteja azul, que sua vida esteja calma e que você tenha motivos para dar um bom e largo sorriso.
Mas, caso seu céu esteja condensado e prestes a precipitar; mesmo que sua vida esteja turbulenta e que você não tenha tantos motivos assim para sorrir ou simplesmente não queira, continuarei te desejando um bom dia.
Mesmo que eu não te diga diretamete, eu desejo com toda força.
Mesmo que sua presença não me agrade muito, te desejarei a distância.
E se for inerente, te desejarei intensamente...
UM BOM DIA!





Texto por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Epifania

E em meio a um silêncio perturbador, ouve-se algo.
É o barulho do relógio, que funciona como trilha sonora neste momento; com batidas perfeitamente e sucessivamente intercaladas; paciente; segundo após segundo. Esse tempo cronológico, que me leva a pensar em quanto tempo ainda me resta. O otimismo nesse momento não é levado em consideração.
Se pudesse fazer um último pedido, pediria o direito de não fazer nada. E se tivesse que fazer, seria algo simples... como andar de bicicleta, ver tv ou ler um livro; mas nada de vampiros ou pseudo vampiros. Prefiro algo "Anne Frank". Algo inspirador; que me conscientize. E esse conscientizar me lembra o tempo linear; que realmente não existe essa coisa de que, o que aconteceu no passado possa se repetir no futuro, ou que no presente temos que conhecer o passado pra entender o futuro. Não existe essa coisa de começo, meio e fim respectivamente. Eu posso inverter a ordem, posso misturar. O meu fluxo de consciência não me permite respeitar espaço-temporal. Não me preocupo com a lógica, posso até inventar palavras! E por sinal, me agradeceriam por isso, caso o fizesse.



Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010

INFINITO DE PALAVRAS

Eu seria capaz de escrever um livro, criar uma fábula, um filme ou milhões de metáforas para comparar à sentimentos ocultos que clamam por libertação; que gritam teu nome. Eu seria capaz de dizer tudo e mais um pouco, mesmo se me deixar falando sozinha, mesmo que a vergonha em teus olhos exclamassem por um não; eu falaria sem dó; num ato extremo de egoísmo, sem me preocupar com a repercusão que causaria no teu interior. E se tampasse os ouvidos, diria em libras, escreveria em outdoors, pixaria nos muros; e por onde passares haverá uma marca do meu amor; talvez doentio; talvez apaixonado demais ou quem sabe apenas corajoso...




Texto e fotografia por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.
domingo, 12 de setembro de 2010

A parte mais difícil

Eu não sofro e nem vou sofrer por você. Posso até ter sofrido por uma noite, mas foi só naquela noite... 
E não se preocupe, estou muito bem.
Quem sabe não é a frieza acumulada durante os anos e as perdas que limitaram meu sofrimento. Ou de repente é apenas a força do hábito de não deixar transparecer a fraqueza dentro de mim. 
Eu estou escrevendo isso apenas para dizer que estou bem. 
Estou triste por ter partido, mas estou bem. Não ficarei sofrendo, perdendo noites, comendo pouco, gastando lágrimas. Eu já sabia que viver era difícil e sem você, me sinto como... como... eu não sei! Aprendi a evitar dizer aquilo que te faz sentir culpado. Aliás, nem quero que se sinta assim. Você não tem culpa por não sentir o mesmo que eu e nem posso te obrigar a isso. 
Então vá. Talvez algum dia, em algum lugar, você possa sentir o que um dia eu senti por você.


Texto por: Daniela P.