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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Colação de grau

Naquela noite, senti minhas pernas bambas. Não era a chuva, não era o vento, não era o frio. Era o medo de nada dar certo. De ser o fim, não um recomeço. Medo do meu sorriso não receber de volta os mesmos sorrisos. Do meu abraço não encontrar outros braços. De ser só. 
Na verdade, eu cheguei só e esperava as pessoas que mais amo me aplaudirem, mas elas não estavam lá. De cinco em cinco minutos eu olhava pra porta, mas não os via chegar. No último segundo, meu coração disparou. Avistei as duas pessoas mais importantes da minha vida entrarem no salão. Meu rosto se iluminou e esta cena terminou num abraço.
A cerimonia se inicia. Por diversas vezes segurei as lágrimas. Um emaranhado de lembranças e uma sensação de término tomou conta de mim.
Não tem mais o professor te dando bronca por falar demais, não tem mais o amigo que sentava todo dia ao seu lado.
E disso, todos nós sentiremos falta. 
Não escondi o choro, nem a dor. Cada gota lavou a alma e carregou consigo todo e qualquer sentimento ruim. No momento final, só pude abraçar todos aqueles que de alguma forma fizeram diferença na minha vida, nem que tivesse sido mínima. Abracei, como se fosse o último abraço e talvez o mais verdadeiro deles. Um "boa sorte" e um "muito obrigada" saiam da minha boca espontâneamente. Era tudo o que eu conseguia dizer em meio ao pranto.
Prestes a ir embora um pressentimento de dever cumprido pairou sobre o ar. Estava deixando o passado e começando uma nova vida. Novas surpresas, novos amigos, novos sentimentos, novo ano. Talvez a semente de amor plantada em alguns corações permaneça viva. Este é o desejo, mas nem tudo sai como queremos.
Mas, quem sabe do futuro?!
O importante é termos FÉ e RAÇA.
Obrigada a todos!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ciúme, antônimo de amar

Funesto sentimento que vaga entre nós, é este que veio para ferir e tornar escravo, amaldiçoar e destruir. Este que nos torna impotente diante da segurança, onde o medo de perder quem se ama toma conta do coração, do corpo e da alma, fomentando na capacidade do TUDO. 
A paixão se converte em obsessão, até tornar-me entorpecida diante dessa guerra de emoção, incorporada no medo da substituição, do esquecimento e da ilusão.


Texto por: Daniela P.
Foto: Ana Carolina