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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Coração partido

Nem faz muito tempo e o filme que passa pela minha mente de todas as minhas lembranças contigo, já não são tão nítidas como antes. É difícil ver tudo mudar, especialmente você. É difícil ouvir, que não há mais lugar pra mim na sua vida. É complicado agora, re-inventar meu dia-a-dia e imaginá-lo sem você, ficar sem você...
Depois de tantas promessas, tantas palavras que significavam eternidade, hoje vejo que o "pra sempre" é tão curto quanto o dia. 
O que sei é que, o que eu sinto agora acabará um dia. Pode ser amanhã, daqui há um mês, ou talvez perca a conta dos dias...
Mas acabará. Sempre soube que não seria fácil. Ninguém disse que seria...
Porém, por um minuto passou pela minha cabeça que esse momento seria menos precoce, ou pelo menos, aconteceria por meio de outras circunstâncias.
Hoje, oficialmente, estou desistindo de você.
Nunca quis isso, não quero isso! Mas tudo em volta coopera pra que eu me afaste de ti.
Que fique claro, que essa nunca será minha vontade.
Só quero que seja feliz, com quem estiver, aonde estiver.
E se pra isso, a minha distância se faz necessária, assim será.


Texto por: Daniela P.
Foto: Franciele P.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Até aonde a beleza influência?

Nos dias de hoje, vivemos numa sociedade onde os padrões de beleza são quase nazistas. Estamos no século da "perfeição", onde a procura por melhoras físicas invadiu a vida da população como vírus. Uma verdadeira pandemia cosmética que ultrapassou os limites da normalidade; até porque é moda ser excêntrico. Perdemos (ou ganhamos, para alguns) tanto tempo cuidando da aparência e quanto tempo direcionamos trabalhando naquilo que vai dentro de nós?
Não venho aqui com um discurso de que "é bonito ser feio" ou "o que vale é a beleza interior".
Só venho lhes informar o óbvio: não se garanta pela aparência.
Afinal, quantos ovos já foram vendidos por terem uma boa aparência, mas na hora de consumi-los, percebemos que estavam podres? 
Já vi tanta gente que trabalha com imagem perder um contrato por arrogância. Já vi tantos namoros sendo terminados por que o parceiro não conseguia enxergar nada além de um bom par de seios e um rosto atraente. É fato que na conquista esses aspectos devem ter sido irresistivelmente promissores. Mas do que valeu o esforço da conquista se não conseguiu mantê-lo interessado?
Beleza cansa... saiba disso! Não se garanta apenas nisso. Afinal, com o avanço das técnicas cosméticas, ser bonito só requer uma situação monetária suficiente para tais procedimentos. E não ligue se depois disso não parecer natural. A vaidade já engoliu este conceito há anos!
Em contrapartida, nunca vi personalidade ou caráter a venda. Caso alguém já tenha visto, por obséquio, me informe. Precisarei indicar a meia dúzia de pessoas... ou mais!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fico feliz, por ter vocês!

Fico feliz, até perceber que no fundo, as coisas são tristes e choro por isso.
Não por tristeza, propriamente dita, ou insegurança... mas por perceber que as coisas mudam.
Mudam de uma forma tão rápida, que quando você se dá conta, percebe que é mais rápida do que achava que era.
Sorte nossa poder dizer que aproveitamos o suficiente. Aproveitamos cada sorriso, cada dia comum; e hoje temos esses dias como nossas melhores memórias.
As lágrimas derramadas talvez foram de uma saudade precoce.
Ou apenas um medo infundado de achar que o tempo possa apagar lembranças ou carinho. Ou pior... raiva de mim, por pensar que isso possa acontecer.

Depois de tudo que passamos, seria lamentável pensar que tal amor se reduziria a pó... depois de tudo que deixamos passar; seja palavras, pessoas, ações...
Fico feliz, até perceber que quando não estou perto de vocês, é como se estivesse sozinha comigo mesma. Como se não pertencesse a lugar nenhum. E até eu me recompor e perceber que não é pra tanto, leva um tempo... 
Fico feliz e triste simultaneamente.
Feliz por ter vocês e triste por saber o que nos separa.
Mas só se lembrar do sorriso de vocês, já me deixa melhor...


Abrindo novamente um espaço no blog, para uma homenagem minha, para você e você ♥
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Futuro incerto

Desde cedo traçamos um plano linear para o nosso futuro. Durante minha infância sonhei ser mil e uma coisas e hoje vejo que nada daquilo que pretendia ser, é o que gostaria ser hoje. Está aí, um dos motivos pelo qual, montar uma trajetória de vida cedo demais, é perda de tempo. Cada dia nossa história muda; nem que seja por questões mínimas. Hoje, com a mente um pouco mais madura do que alguns anos atrás, ouso em projetar novamente minha visão para o futuro. Porém, nunca parei para me perguntar se o que faço no presente será consequente ao que planejo no porvir. Aliás, essa é a minha menor preocupação. Minha capacidade de viver sob expectativas e esperança, me faz desconhecer a idéia de derrota. E é assim que eu continuo seguindo em frente...


Texto e foto: Daniela P.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quem é você?


Esses dias me deparei com uma situação que me mergulhou em agonia. Ela se dá basicamente por formas variáveis que existem, para impressionar alguém que se deseja conquistar ou pelo menos para forçar uma aproximação.
O fato é: fez-se uma "investigação" com o propósito de obter informações sobre a "vítima", desde o seu sabor de toddy favorito, até a música que serve de trilha sonora para sua vida e com base nisso tudo, tornar o gosto alheio, próprio.
Ora, quem foi o tolo que disse que relacionamentos são mais duráveis ou possuem maiores chances de dar certo de acordo com o número de afinidades que se tem?
Tudo bem, devo concordar que esta circunstância seja altamente influenciável, porém de que vale perder a essência para ter por perto alguém, que JAMAIS conhecerá teu verdadeiro eu? Afinal, o amor acontece subitamente e naturalmente. Ele só será autêntico quando acontecer sem que perceba, dia após dia, até o momento em que não consiga controlar ou esconder. O amor é assim. Vem sem querer; faz estragos; faz um strip tease na alma.  A convivência mostra cada pessoa de forma nua e crua e estar disposta a amá-la em meio a divergências e defeitos, é o primeiro passo para um relacionamento genuíno ir pra frente. Eu, particularmente, adoro pessoas desiguais. Não acredito na tese que os opostos se atraem, entretanto me sinto bem em meio a individualidade; me sinto bem quebrando a rotina, o padrão...
Sim, "pois o mundo de hoje valoriza demais a coerência, como se isso fosse alguma virtude". Por isso, independente do seu gosto musical, do seu hábito alimentar, do seu hobbie predileto, as pessoas irão te amar pelo teu caráter, pelas suas qualidades próprias; porque teu ser contagia; porque emana sinceridade por onde passa. Podes ser diferente demais, comum demais, que seja. O que valerá é, em tempo nenhum, mudar o que é, ou o que gosta por motivos banais ou passageiros; para impressionar alguém ou para fazer alguém ter uma afeição maior por ti. Mude sim, de estilo, de opinião, a cor do cabelo, 2, 3, 10 vezes. Seja uma metamorfose, seja o que for; mas se a razão pra isso vier de dentro e não para satisfazer o gosto que é de outro.



"Palavras não revelam a verdadeira personalidade de alguém. Só descobrimos a verdadeira personalidade, através da convivência no dia-a-dia... da troca de experiências..."




Texto por: Daniela P.
Foto: V. Bomtempo.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Auto-descrição

Sou uma combinação de extremos. Há dias em que sou tão emotiva, outros tão impassível; dias que me sinto só e outros que penso não precisar de ninguém; dias que não me falta coragem pra encarar e superar os problemas e outros que sento no sofá e reclamo de tudo que aparentemente não tem solução. Há dias que abomino o ciúme e outros que sou tomada pela possessividadeMe impressiono fácil, me apego fácil, me engano fácil, minto mais fácil  ainda. Difícil é me manter constante.


Texto e foto: Daniela P. 
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Qualquer um

A reclamação é antiga, mas continua vigente: mulheres se queixam de que não há homem “no mercado”. Acabo de receber um e-mail da minha prima que está participando de um grupo de mulheres de 35 anos que são independentes, moram sozinhas, trabalham, falam idiomas, são vaidosas e temem não haver tempo para formar a própria família.
E no final da mensagem, descubro uma pista para a solução do problema: “Apesar de o relógio biológico estar nos pressionando, não queremos procriar com qualquer um. Queremos um cara bacana para ir no cinema, almoçar no domingo e viajar nos finais de semana.”
CLARO, QUEM NÃO QUER?
Não há problema nenhum em ser exigente, em querer uma pessoa que seja especial. O que me deixa intrigada é que há mais probabilidade de você encontrar “qualquer um” do que um deus grego com um crachá escrito “Príncipe Encantado”. Então me pergunto: as mulheres estarão dando chance para que este “qualquer um” demonstre que está longe de ser um qualquer? Sou capaz de apostar que a maioria das mulheres no primeiro papo, já elimina o candidato, e quase sempre por razões frívolas. Ou porque o sapato dele é medonho, ou porque ele gosta de pizza de estrogonofe com banana, ou porque ele só assiste filme japonês, ou porque o carro dele é um carro do ano. Do ano de 1987.
Imagina se você, proveniente de uma família estruturada, com padrões de bom gosto,
qualidades encantadores, vai se envolver com este... com este... com este sei-lá-quem.
Pois o “sei-lá-quem” pode ser sim um cara bacana que vai te levar para almoçar no domingo, mas você tem que dar uma mãozinha. Recolha o seus pré-julgamentos, dê umas férias para seus preconceitos, deixe seu orgulho de lado e saia com ele três, quatro vezes, até ter certeza de que o sapato medonho vem acompanhado de um caráter medonho, de um mau-humor medonho, de uma burrice medonha. Porque se o problema for só o sapato e a pizza de estrogonofe, ele não há de ser tão inflexível.
Aliás, e você? Garanto que também não sai pra rua com uma camiseta piscante anunciando “Mulher Maravilha”. Ele também vai ter que descobrir o que há por trás da sua ficha estupenda. Vai que ele implica com as três dezenas de comprimidos que você ingere por dia, com a sua recusa em molhar o cabelo no mar, com sua fixação por telefone ou com seus sutiãs do ano. Do ano de 1991.
Esta coisa chamada de “história de amor” requer um certo tempo para ser 
construída, e as que dão certo são aquela vividas com paciência, com espírito 
aberto e geralmente com QUALQUER UM que consiga romper nossas defesas e nos 
fazer feliz.


Texto por: Beatriz G.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nossos maiores erros


Você não sabe quantas vezes já me magoou; por quantas vezes já tive que contar até dez, respirar bem fundo e fingir que tudo estava bem. Talvez este foi meu maior erro: aceitar toda e qualquer brincadeira sua; não impor limites, não reivindicar respeito e sempre rir do que você fazia, apenas para não passar impressão de um alguém relativamente sério ou sem senso de humor. Talvez este foi meu erro: sempre achar graça em tudo.
Hoje olho pra trás e não acho nada disso cômico. E na primeira vez que demonstrei isso, o magoado foi você. Este foi te erro: achar que tudo que dizia seria aceito de boa fé por mim. Por muitas vezes não foi e nem por isso usei tais circunstâncias para me afastar ou utilizar isto como justificativa para um ponto final em nossa história. Afinal, nunca quis que ela tivesse um fim. Apenas começar um novo parágrafo, diria. Porém, escrito com menos cortesia e zelo que o anterior. Ao contrário, o que fizeste? Já sem demora, ousou utilizar uma borracha para apagar tudo que vivemos até aqui. Talvez foi um erro conhecê-lo. Talvez foi nosso erro termos nos aproximado. Talvez nós sejamos o erro. Nunca saberemos...

"Não se preocupe com as pessoas do seu passado. Há um bom motivo para não fazerem mais parte do seu presente."


Texto por: Daniela P.