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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma longa história...


É pelo título que deu vida a este blog que começo o texto de hoje.
Senti o desejo de relembrar sobre uma pessoa que também me deu vida quando me sentia desfalecida. Foi algo mágico!
Há pouco mais de 4 anos nasceu uma amizade que nunca pensei que um dia fosse acabar.
E que não acabou. Estamos passando por um período de "ocupação".
Aquele momento em que outras coisas possuem uma urgência maior se tratando de disponibilidade.
Depois de tantos anos contando histórias dramáticas e com finais infelizes, ficamos disponíveis de verdade para o amor.
Travamos também uma batalha com nosso lado intelectual e pensa-se muito no futuro.
As horas consumidas devorando livros à procura de conhecimento absorvem muito dos minutos que antes usávamos para coisas bobas, como perguntar sobre o decorrer do dia.
Estar apaixonada, levou o resto do tempo que sobrou.
Só não se pôde prever que essas coisas bobas levariam consigo toda a espontaneidade que um dia já houve entre nós.
As raras ligações se restringem a cobranças, reclamações e para dar más notícias.
Convites são desprezados ou secundários.
Eu sinceramente não sei explicar como deixamos chegar a este ponto.
Depois de tanto condenar destinos como este, não há como compreender de que forma a negligência abraçou esse relacionamento.
E para piorar, às vezes penso nem ser possível definir o que existe como "relação".
É com muita tristeza que escrevo a frase acima. Mas não consigo mais mentir.
Eu possuo uma vontade dentro de mim de mover mundos se tratando de restaurar tudo aquilo que se perde aos poucos.
E ao mesmo tempo o descaso que já me é familiar diz para deixar tudo como está, a mercê de algo indefinido.
As lembranças são inapreciáveis!
Mas o presente incomoda. E muito.
quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fim de verão


No final do ano passado eu conheci um cara. Algo passageiro, como sempre. Ele era um tipo de pessoa que não falava muito, desses muito tímidos. Então não diria que o conheci, pois conversamos pouco. Assuntos eram limitados à trabalho e faculdade.

O tempo passou.

Passaram-se as festas e ele nem por um segundo passou pela minha cabeça.
Ok. Passou sim.
Mas foi apenas pelo fato de alguns amigos próximos me dizerem com frequência que ele perguntava por mim.
Que diabos esse garoto quer comigo??!
Mal sabe ele que eu sou uma perdida, metade vazia e com a outra metade tentando ser preenchida com álcool e diversão.
Sabe, essas coisas que todo mundo insiste em dizer que faz a gente esquecer dos problemas. Essas coisas que maquia as situações. É só substituir a palavra "consequência" com "viver intensamente" que tudo fica melhor.
Quem dera fosse simples assim.
Eu não estava nenhum pouco feliz.
Aquela sensação de que faltava algo voltou a me incomodar e eu realmente não sabia o que poderia ser.
Eu estava vivendo uma ótima fase profissional e tinha acabado de passar no vestibular.
Minha família não poderia estar mais unida e eu tinha me tornado uma pessoa tão agradável que até eu me surpreendia comigo mesma.
Então, teoricamente, eu não precisaria de mais nada.

Num período pós-carnaval, voltei a visitar os antigos amigos e reencontrei aquele que hoje, não sei mais viver sem.
Foi amor a segunda vista!
Foi, honestamente, impressionante a forma como me senti. 
Sinceramente, indescritível.
Simultaneamente, percebi uma voz no lado esquerdo do peito dizendo "Não o perca de vista por nada nesse mundo". E não irei. 
Agora sim, me sinto completamente feliz. Ando rindo por aí mais do que o normal, até.

Algumas pessoas chegam justamente quando você mais precisa, sem você estar esperando.
Por esse motivo, mudei minha opinião drasticamente sobre odiar surpresas.
Aliás, essa palavra "ódio" está riscada definitivamente do meu vocabulário.
Desconheço a origem.

Desde o dia três de março, o meu passado foi anulado e minha vida começou a partir do dia seguinte. Estou passando por um processo de transformação vital.
Agora, nada mais me falta.

Texto por: Daniela P.