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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Moral da história - Parte III

Depois de alguns dias, resolvi retomar com o assunto RANGO. Selecionei outro diálogo; este, bem próximo ao desfecho.



Após seu fracasso como xerife em busca da água - o que tirou toda a esperança da população de Dirt - e de suas suspeitas acerca de "atividades clandestinas" feitas pelo prefeito da cidade, implícitamente acusando-o de manipular a água da cidade deixando o restante do povo sem abastecimento, ocasionou um confronto. O prefeito vendo que seus planos poderiam ser ameaçados com a permanência do lagarto na cidade, chamou um terrível assassino, chamado Jake Cascavel, para solucionar este problema. 
Então Jake desmascara Rango na frente de todos os cidadãos de Dirt, fazendo-o assumir que todas as histórias que havia contado até então, eram inventadas apenas para que tivessem alguém em quem acreditar e para se autocongratular.
Então Rango vai embora da cidade, indo em direção à estrada aonde tudo começou.
Lá, ele encontra seus antigos companheiros de aquário (os brinquedos de plástico) e acaba sofrendo um acidente, onde é jogado ao outro lado da estrada.
Ao amanhecer, ele acaba se deparando com uma figura que é muito comentada durante o filme, o espírito do Oeste:

- Os guardiãs dourados... a carruagem de alabastro... o espírito do oeste!
Desculpe-me. Sr espírito... senhor?

Essa tal figura, que é um homem que caça "tesouros" no deserto, acha um objeto.

- Às vezes, você precisa cavar fundo para achar o que procura. E você fez isso.
- Aqui é o céu?
- Se fosse estaríamos comendo pastéis com Kim Novak.
- O que você faz aqui?
- Procurando. Como você.
- Nem lembro mais o que procuro. Nem mesmo lembro quem eu sou. Não lhe chamavam de homem sem nome?
- Hoje em dia eles têm um nome pra tudo. Não importa como chamam você. São as ações que fazem um homem.
- Minhas ações tornam tudo pior. Sou uma fraude. Um falso. Meus amigos acreditavam em mim, mas eles precisam de um herói.
- Então seja um herói!
- Não, você não entende. Eu nem deveria estar aqui.
- Está certo. Veio de longe procurando algo que não está aqui. Você não entende? Não é sobre você. É sobre eles. (...) Nenhum homem pode fugir da sua própria história.


Todas as mentiras contadas pelo pobre lagarto, passaram a ser acreditadas por ele mesmo. Seu desejo em ser alguém e de ser o alguém que as pessoas precisavam - no caso, um herói - o levaram a ser exatamente isto. Ele tomou decisões erradas, mas pelos motivos certos. Começou errando, mas depois conseguiu se estabelecer, passou a ser o símbolo da lei e da ordem daquela pequena cidade e ninguém nunca conheceu alguém tão engajado como ele.
Ele estava no lugar certo, na hora certa. O acaso o tornou tudo o que sempre quis ser. Bastava ser sincero consigo e com os outros.
E é disso que precisamos: enxergar o que nossas ações nos tornaram, ser o que é preciso ser e jamais fugir do que nos foi designado!


Texto por: Daniela P.

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