Copyright © Uma longa história...
Design by Dzignine
quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inevitável

Algumas coisas você simplesmente não consegue evitar, como amar por exemplo. Essas coisas acontecem, não há como explicar... e lutar contra fica difícil; às vezes nem quero. Fingir que não sinto nada, talvez possa ser uma opção lógica. Afinal, se entregar a um amor, requer mais que coragem e vontade. E não me pergunte o que é necessário então, que não saberia te responder. Só sei isso. Queria muito entender algumas coisas, mas cada vez que tento me aprofundar mais, mais a minha mente embaralha e por tudo em ordem novamente leva um tempo...
Poderia simplesmente evitar sofrimentos, não ser tão curiosa. Mas eu tenho fascínio pelo mistério, pelo o que vem depois...
Eu quero muito, quero mais que posso ter.
Mas como eu disse, há certas coisas que não dá pra evitar.
Às vezes escrever sobre o amor é cansativo; parece ser algo tão monótono. Aquela mesmice que se afunda em julgamentos e esperanças despedaçadas.
As histórias sempre são as mesmas, só mudam os personagens.
Mas querer escrever uma nova história, é inevitável.
Quem sabe, um dia isso muda...



Texto por: Daniela P.
terça-feira, 21 de setembro de 2010

Insônia

Nesse momento a minha mente está escura. Perdida. Sem solução. Só. Limitada. Sem enxergar um palmo à frente. Sem aquela luz no fim do túnel. Sem uma gota de esperança. Sendo atacada pela fadiga. À procura. Só não sei do que exatamente, e nem por onde começar. E não adianta tentar explicar, ninguém entende.
É madrugada e cá estou; escrevendo coisas sem sentido.
Para ninguém e para nada.


Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pense bem

Sabe o que é difícil? Acordar e ainda tomado pela sonolência, conseguir cravar o pé direito no chão e dizer pra si mesmo "hoje meu dia vai ser ótimo". Mais difícil que isso, é fazer valer essas palavras durante o dia. Difícil, é começar um projeto ou uma conversa de uma forma sábia utilizando as palavras certas para conseguir definir ou descrever exatamente o se quer dizer ou o que sente.
Difícil é mostrar para as pessoas que as suas paixões não são errantes ou passageiras. 
Difícil é sentir e demostrar ao mesmo tempo.
E fácil? Bom, fácil é botar a culpa no azar, em alguém, ou até em si mesmo, quando algum plano fracassa. Fácil é pensar que o mundo conspira contra você, achando que jamais vai encontrar ou ter aquilo que te falta. Fácil é pensar que todo homem se corrompe, que amor se vende e que a solidão te cerca. Fácil é tentar ver além e não conseguir enxergar o óbvio. Mais fácil ainda é esquecer, deixar de sofrer, desapegar-se, sendo estas coisas opcionais. Tendo você o controle acerca de como se sentir hoje e não o contrário.
Então faça uma boa escolha e tenha um ótimo dia!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Insegurança

Essa insegurança inexplicável, inesgotável; limitante; mas ao mesmo tempo se expande e cresce devagar até me tomar por inteira.
Essa vocação para sentir essa maldita insegurança, - que não sei da onde vem - como a chuva da madrugada, que não consta na previsão do tempo e leva a minha confiança com o vento forte. Essa insegurança de ter o brilho próprio ofuscado por outros brilhos, fazendo-me esquecer que o verdadeiro e intenso brilho vem de dentro e não da superfície. Essa insegurança que bloqueia a possibilidade de enxergar a real beleza; que me faz perceber que preciso de muito mais que giz, preciso ser mais que uma boa jogadora para poder confiar no meu taco... preciso de bolas viciadas! Essa insegurança que cava um buraco em minha alma, transformado num quase abismo de incertezas perdidas na escuridão; numa erupção de dúvidas personificadas. Essa insegurança que nao sei se tem fim; que emerge e simplesmente não consigo mais afogá-las com as minhas mágoas; que peregrina melancolicamente no meu interior; que é alimentado a cada dia e sente fome cada vez mais.
Essa insegurança que não sei como evitar...





Texto e fotografia por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.

Tenha um bom dia!

Eu não sou de cumprimentar, mas eu desejo que você tenha um bom dia!
Espero que seu céu esteja azul, que sua vida esteja calma e que você tenha motivos para dar um bom e largo sorriso.
Mas, caso seu céu esteja condensado e prestes a precipitar; mesmo que sua vida esteja turbulenta e que você não tenha tantos motivos assim para sorrir ou simplesmente não queira, continuarei te desejando um bom dia.
Mesmo que eu não te diga diretamete, eu desejo com toda força.
Mesmo que sua presença não me agrade muito, te desejarei a distância.
E se for inerente, te desejarei intensamente...
UM BOM DIA!





Texto por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Epifania

E em meio a um silêncio perturbador, ouve-se algo.
É o barulho do relógio, que funciona como trilha sonora neste momento; com batidas perfeitamente e sucessivamente intercaladas; paciente; segundo após segundo. Esse tempo cronológico, que me leva a pensar em quanto tempo ainda me resta. O otimismo nesse momento não é levado em consideração.
Se pudesse fazer um último pedido, pediria o direito de não fazer nada. E se tivesse que fazer, seria algo simples... como andar de bicicleta, ver tv ou ler um livro; mas nada de vampiros ou pseudo vampiros. Prefiro algo "Anne Frank". Algo inspirador; que me conscientize. E esse conscientizar me lembra o tempo linear; que realmente não existe essa coisa de que, o que aconteceu no passado possa se repetir no futuro, ou que no presente temos que conhecer o passado pra entender o futuro. Não existe essa coisa de começo, meio e fim respectivamente. Eu posso inverter a ordem, posso misturar. O meu fluxo de consciência não me permite respeitar espaço-temporal. Não me preocupo com a lógica, posso até inventar palavras! E por sinal, me agradeceriam por isso, caso o fizesse.



Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010

INFINITO DE PALAVRAS

Eu seria capaz de escrever um livro, criar uma fábula, um filme ou milhões de metáforas para comparar à sentimentos ocultos que clamam por libertação; que gritam teu nome. Eu seria capaz de dizer tudo e mais um pouco, mesmo se me deixar falando sozinha, mesmo que a vergonha em teus olhos exclamassem por um não; eu falaria sem dó; num ato extremo de egoísmo, sem me preocupar com a repercusão que causaria no teu interior. E se tampasse os ouvidos, diria em libras, escreveria em outdoors, pixaria nos muros; e por onde passares haverá uma marca do meu amor; talvez doentio; talvez apaixonado demais ou quem sabe apenas corajoso...




Texto e fotografia por: Daniela P.
Na foto: Beatriz G.
domingo, 12 de setembro de 2010

A parte mais difícil

Eu não sofro e nem vou sofrer por você. Posso até ter sofrido por uma noite, mas foi só naquela noite... 
E não se preocupe, estou muito bem.
Quem sabe não é a frieza acumulada durante os anos e as perdas que limitaram meu sofrimento. Ou de repente é apenas a força do hábito de não deixar transparecer a fraqueza dentro de mim. 
Eu estou escrevendo isso apenas para dizer que estou bem. 
Estou triste por ter partido, mas estou bem. Não ficarei sofrendo, perdendo noites, comendo pouco, gastando lágrimas. Eu já sabia que viver era difícil e sem você, me sinto como... como... eu não sei! Aprendi a evitar dizer aquilo que te faz sentir culpado. Aliás, nem quero que se sinta assim. Você não tem culpa por não sentir o mesmo que eu e nem posso te obrigar a isso. 
Então vá. Talvez algum dia, em algum lugar, você possa sentir o que um dia eu senti por você.


Texto por: Daniela P.