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sábado, 28 de maio de 2011

O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre

O que eu julgo ser o que eu mais preciso no momento está a um cômodo de distância de mim, mas é como se estivesse completamente fora do alcance. Travo um conflito entre expressar de todas as maneiras e formas o que eu venho sentindo, a esperar uma atitude, que seria perda de tempo. Mas vocês sabem como é a sociedade de hoje... mulher tomando iniciativa? C'mon!! Isso é trabalho pro homem, pra provar que cavalheirismo existe. Mas na verdade isso é conto de fadas. Não dá pra esperar uma coisa que pode ser adiantada. Mas quanto mais eu demostro interesse, mas falam que eu ando me humilhando e coisas do gênero, mas eu não vejo assim. Acho isso tudo um preconceito que as pessoas inventaram pra poder justificar ou julgar alguém ou alguma situação. Enquanto os esteriótipos valem mais que sentimentos eu fico aqui, recebendo todo o tipo de conselho, sem saber qual seguir ou se devo seguir algum. É difícil tomar uma decisão quando não se sabe o que esperar de quem nunca dá pistas do que fazer. Daí, a única opção que tenho é arriscar. Mas se for pra apostar todas as fichas em uma máquina só, além de contar com a sorte, preciso de muita auto-confiança. Dessa tese, tira-se o motivo da inércia. Se amar fosse só sofrer, eu saberia o que fazer agora.
sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os sonhos serão sempre os mesmos

Dias atrás estive numa dinâmica de grupo. Um dos exercícios propostos pela analista de RH, foi pensar numa música que combinasse exatamente com o atual momento da sua vida. Na sala havia quinze pessoas. Quinze pessoas distintas, que moravam em bairros diferentes e certamente, tinham gostos musicais diferentes. Dentre os ritmos apresentados, todos os trechos escolhidos tinham como idéia central o sonho, a fé, a perseverança e a confiança em si mesmo e em Deus. 
Não importa se era rock, hip hop, mpb, pagode, samba ou música evangélica. Todos ali passavam por problemas semelhantes e tinham as mesmas ambições: conseguir aquele emprego pra ter uma vida estável, dar uma vida melhor aos seus filhos e a si mesmo, na busca da concretização dos sonhos, tendo desejo veemente de subir na vida.
Afinal, esses são os principais objetivos que se tem na vida. 
Naquele momento eu me questionei se sabia, assim como os outros, o que realmente queria. Se eu sabia, pelo menos, quais eram minhas aspirações.
Aprendi participando daquilo tudo, que os homens podem pensar que diferem entre si, mas seus sonhos, fazem com que sejam todos iguais.




Texto por: Daniela P.
Foto: Beatriz G. 
terça-feira, 24 de maio de 2011

Pessoas assim

Há pessoas que não conseguimos esquecer, nem se elas te dessem um bom motivo. É como se elas tivessem feito um bem tão grande, que sempre se lembrará delas por isso. Às vezes, nem é preciso de uma ação. E se for, consideremos um simples abraço ou um aperto de mão...
Sabe aquele carinho instantâneo? Você realmente acredita que isso exista? 
Bom, eu cheguei a conclusão de que todo sentimento imaginável é possível ser sentido, independente de quanto tempo levaria. Ora demore meses, ora aconteça em nanosegundos. Só basta conhecer a pessoa certa.
E não é necessário conhecê-la por completo. Basta sentir seu coração. E isso não é nada fácil, não se engane. Portanto, quando conseguir sentir o mais profundo de alguém, não deixe esse momento passar. 
Eu senti isso... de tantas pessoas que já passaram pela minha vida, foram poucas as que conseguiram ter um impacto tão positivo, repentinamente. E essas pessoas, estão muito bem guardadas em mim. Eu posso parecer distante, mas na verdade, estarei mais perto do que imaginam. 
São de pessoas assim que me lembrarei pra dar um exemplo de sinceridade, amizade, integridade, amor. São de pessoas assim, que lembrarei do nome, muitos anos depois, quando relembrar daqueles que genuinamente me importaram. São de pessoas assim, que eu terei o mesmo sentimento ou quem sabe até mais forte, por elas serem do jeito que são.
Pessoas assim que fazem valer a pena viver, acreditar, sonhar... 


Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir. Na minha memória, tão congestionada e no meu coração tão cheio de marcas e poços, você ocupa um dos lugares mais bonitos. Caio Fernando 


Texto por: Daniela P.
Foto: Junior B.
terça-feira, 17 de maio de 2011

Valores

Por mais claro e auto explicativa que a seguinte frase possa parecer, ela ainda merece muita atenção, reflexão e explicação
"Dê valor a quem te dá valor". 
Afinal, falar é fácil. Por em prática, requer muito mais que paciência e coragem. E por favor, não confundam valor com intensidade. Amor, se sente, não se mede, então NUNCA queira que alguém sinta por você o mesmo que você sente por ela. Muitos perdem pessoas muito importantes por não entenderem isso. 
Hoje, venho falar sobre insistência. A gente se desentende e se afasta constantemente de quem é próximo a nós. Alguns problemas são mais graves e quem gosta de verdade, tenta desfazer os maus entendidos. Cada um ao seu jeito. Uns mais orgulhosos, outros menos explícitos, mas tentam. Nos piores casos, isto é feito até você se sentir um completo idiota. Você escreve uma música, pega um violão, compra flores, começa sua serenata e ela joga um balde de água fria em você. É mais ou menos assim que as pessoas se sentem.
Depois disso amigo, te dou toda força do mundo pra riscar essa pessoa da tua agenda e viver como se ela nunca tivesse existido pra você.


Texto e foto: Daniela P.
segunda-feira, 16 de maio de 2011

Reviravolta

Há um tempo atrás me convenci de que era capaz de ser feliz, mesmo vivenciando um período difícil da minha vida. Eu re-aprendi a rir sem motivos e a ver tudo com um lado cômico da coisa. Re-aprendi a sorrir e cumprimentar as pessoas. 
E em questão de horas, quase tudo que eu havia aprendido novamente, se destruiu. Aquela felicidade que emergia, se escondeu de novo num buraco escuro, de onde custei tirá-la. Já li e reli essa história e não consigo chegar a uma conclusão plausível. Talvez o tempo solucione o que as palavras não conseguem resolver. E eu torço por isso.




Texto por: Daniela P.
Foto: Beatriz G. 
domingo, 15 de maio de 2011

Dualidade de sentimentos

É bem chato descrever um início quando ele começa errado. Pelos motivos errados. Eu era uma pessoa que custava a acertar. Ainda sou, mas com um toque de consciência. Antes nem isso tinha! Não sabia o mal que causava ou se causava algum mal. 
Posso ter sido a pior da espécie feminina. 
Te encontrei, te usei, te usei até enjoar, te joguei fora, te troquei por outro. Sem ao menos dar uma justificativa. Talvez tenha ficado perdido, com raiva, magoado, desesperançoso. Afinal, foi isso o que sempre quis evitar que acontecesse com você. 
E só pra você saber, a culpa disso acontecer não é sua. Ou talvez até seja. Porque você é bom demais. Uma polissemia viva! Não há ninguém no mundo que não queria alguém como você. O problema é que você sempre concede oportunidade para àquelas que nunca sabem aproveitar. E pode me incluir nesta lista. "Se eu tivesse te tratado do jeito que merecia talvez hoje não tivesse te perdido"; disse isso porque senti isso.
Às vezes falo coisas esperando que retruque ou faça algo a respeito, mesmo que isto me custe caro e me faça parecer ridícula.
Já fazia um tempo que te queria de volta mas vi que não seria possível. Afinal você parecia estar muito bem com outro alguém. Deixei de lado e esqueci. Eu estava bem, estava feliz, até. E mesmo que não fosse sua intenção, você estragou tudo com aquele beijo. Eu hesitei, eu tentei resistir! Eu sempre soube, que não acabaria bem. Um simples toque, tocou mais fundo do que certamente pretendia. Cada vez que eu te abraçava uma lágrima quase caía. Era resultado uma mistura de questionamentos que comecei a fazer ali, na hora. O que você, LOGO VOCÊ, faz aqui comigo? Olha pra mim! Mas olha pra dentro. E depois de tudo o que disse sobre ex-namoradas, sobre você mesmo, o meu mal estar só aumentava. Era como se eu fosse mais uma das que te magoaram e nunca te teriam de volta depois de perceber que você sim era a pessoa certa desde o início. Então, era como se eu estivesse recebendo um passaporte pra segunda chance. E os nossos amigos... eles também pensaram como eu. Quem sabe, nós não o conhecemos como pensávamos ou você é realmente imprevisível. A culpa, a volta ao passado, a esperança de um presente novo foi destruída e me machucou bastante.
Ouvir no dia seguinte "Veja bem, ontem foi um dia muito bom mas eu não quero mais ficar com você. Eu quero muito ser seu amigo". Foi de partir o coração!
Eu te entendo, concordo e respeito sua decisão. Você já sofreu o suficiente pra decidir se proteger agora. "Não tem coisa melhor do que ficar um tempo sozinho e pensar nas coisas que andamos fazendo nessa vida", palavras minhas. 
Que contraste ambulante eu sou! E agora perdida. E completamente. 

"É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. Mas amor, você sabe, amor não se pede." Tatti Bernardi
sexta-feira, 13 de maio de 2011

Motivo da ausência

Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, se isola do mundo. Prefere falar pouco, sair menos. E isso inclui se afastar das pessoas. Não por se sentir cansado ou enjoado delas. Apenas, pra ter um tempo exclusivo só seu, pra pensar sozinha. Pra sentir paz.
Nas mais extremas das situações, emerge aquela vontade de desaparecer. Pegar o primeiro trem e ir pra qualquer lugar; sem deixar bilhete, aviso e telefone. Fazer isso, talvez, só pra que sintam a sua falta. Mesmo sem nunca saber, ao certo, o que foi sentido com sua partida. 
Essa é a vantagem de não ser muito apegado à coisas ou pessoas. Poder pensar nisso, na possibilidade de um dia realmente acontecer. E ser desepegado não significa que você não ame ou não nunca tenha amado de verdade, mas que você não vive em função de coisas materiais e imateriais, apenas. Entendam isso. 
Se um dia eu sumir do mapa, mudar de estado, conhecer finalmente a pessoa certa, casar e porventura não te enviar um convite, não se sinta desamado. Os sentimentos diferem de acordo com o tempo, espaço e pessoa. Mas são apenas diferentes! Nada tem a ver com oscilar entre o muito e o pouco. Mas é claro, não quero ser hipócrita, sempre há os "preferidos". Mas isso não é o que venho dizer hoje. O ponto que quero chegar é, nem sempre a gente esta disposto a dividir idéias, experiências e problemas. E sobre isso, a única coisa que se pode fazer é respeitar. Respeitar meus limites, minhas escolhas e meu silêncio. Mesmo que pra você seja tolice e ache que uma conversar seja o melhor pra mim. Lembre-se que, por mais que você tenha boas intenções, ninguém exceto eu mesma, sabe o que é melhor pra mim. Aceito seus conselhos, mas a decisão final, cabe a mim tomar.
Então, deixe-me desviar desse mundo só por um tempinho. Prometo voltar quando sentir que preciso, verdadeiramente, de alguém, além de mim, por perto.


Texto por: Daniela P.
terça-feira, 10 de maio de 2011

Certas coisas, não voltam mais

Hoje me peguei lembrando daquele passado bom. Quando nos preocupávamos menos com a aparência e mais com a companhia, nos contentávamos com tudo e qualquer coisa. 
Um dia memorável não precisava ser num cartão-postal da cidade, num período em que o sol estivesse em completa sintonia com a brisa. 
Só era necessário ter as pessoas certas.
Bastava o telefone tocar e estaríamos prontas a nos deslocar dali pra onde fosse. E não importava a previsão do tempo!
Lembro-me de suspirarmos pelo dia ter valido a pena. 
Talvez nessa feira das vaidades, perdemos a noção do que é ser feliz de verdade. Perdemos o prazer de vivenciar momentos como aquele. Perdemos a necessidade de estarmos juntos.
O passado deixou gostinho de quero mais por, simplesmente, ter sido simples.
sexta-feira, 6 de maio de 2011

Século XXI

Cada vez mais eu me convenço de que nunca vou ser vista do jeito que queria ser. A sociedade atual supervaloriza estereótipos e sempre impõe uma padronização de absolutamente tudo. O jeito que eu me visto, que eu falo, o ambiente em que vivo e ate os amigos que tenho!
Sou julgada a partir das pessoas com quem ando, o que me faz sentir ojeriza por quem inventou o ditado "diga com quem anda e direi quem és". Se desde pequena fui ensina pelos meus pais a ter respeito pelas pessoas e pelo mundo que preconceito é hediondo, porque escolheria meus amigos pela "santidade"? Porque excluiria pessoas, mesmo que fossem o oposto de mim? Já tive amigos que se drogavam, que fumavam, que eram homosexuais, entre outros e nunca duvidei dos meus princípios e da minha sexualidade. Nunca deixei de gostar deles, pelas escolhas que fizeram. Se hoje houve um afastamento, foi puramente um acaso do destino. Nada mais.
Então faço um pedido, por favor, ACORDEM!
No nosso país, principalmente, que prega tanto a igualdade, ainda temos que nos deparar com julgamentos tão fortes e situações tão radicais por conta idéias formadas sem fundamentos; porque alguém não entende a cor do teu cabelo ou não aceita que use determinadas gírias...
Em pleno século 21, acreditava eu, que ao decorrer dos anos a intolerância diminuiria... espero ainda   continuar acreditando que mudanças realmente existem.


Texto por: Daniela P.
Foto: Ph Saldanha 
terça-feira, 3 de maio de 2011

Seguir ou não seguir em frente... eis a questão

Estou vivenciando duas vertentes que se contradizem mutuamente. O chamado dilema. Sinceramente, me sinto perdida. A situação é: uma das pessoas que mais prezava, por ironia do destino ou por mais uma prova do quão sortuda eu sou (daí, outra ironia), acabou se afastando de mim, por motivos que ainda desconheço, mas que suspeito de quais sejam. Se minhas suspeitas estiverem corretas, a razão desse afastamento repentino se dá por uma completa banalidade e por isso, não seria infantil da minha parte, fazer o mesmo e seguir a vida como se nada tivesse acontecido.
O fato é, sempre preguei a favor do "correr atrás". Insistir, persistir, mostrar que aquela pessoa vale a pena e que não quer que as coisas tome um rumo negligente... pelo contrário, mostrar que tudo pode ser consertado com um sim, com segundas, terceiras, quartas chances... 
Sempre fomos os mesmos, desde sempre. Uma mudança aqui, outra ali, mas nada disso desviou de quem realmente somos. Então, porque importunar-se logo agora? (isso eu não consigo entender, ou achar uma resposta). Logo depois de demonstrar de diversas maneiras que a afeição sentida, superava os defeitos e as diferenças de personalidade?
Por que se irritar com algo, que também praticava? 
Deveríamos sempre olhar pra dentro de nós e nos convencer que as vezes exageramos.
Bom, mas eu não me dei por derrotada. Porém, ir atrás de ti e dizer tudo isso me amedronta. Te conheço o suficiente pra saber que é imprevisível e isso me prende e me limita.
Então me pergunto se devo continuar minha vida, mesmo sem uma parte de mim, que foi levada por você (afinal de contas, sabes o quanto te amo/amava) ou se devo lutar por uma causa que custo a acreditar que não seja perdida (por saber, somente, que pode ser demasiado intolerante).
E toda essa complexidade, poderia ser simplificada se não fosse a necessidade de ter você por perto...


Texto e foto: Daniela P.