Copyright © Uma longa história...
Design by Dzignine
quarta-feira, 29 de junho de 2011

O eterno azar no amor

No último ano, gostar de alguém foi raro. Na verdade, eu não tinha tempo pra isso. Minhas horas eram majoritariamente dedicadas ao âmbito escolar e até toda aquela maratona finalmente terminar, eu estava só. Bom, foi justamente nessa fase do emocional enfraquecido que eu conheci alguém. Alguém que, com dificuldade, conseguia ver algo além da beleza. Éramos muito opostos; com desejos e pontos de vista acerca da vida muito diferentes. Mas aos poucos conseguimos conciliar essas divergências e nossas personalidades se encaixaram. Apesar dos nossos mundos serem desiguais, nunca o vi usar sua posição social para benefício próprio em prol de um motivo banal. Em meio àquela vida aparentemente cheia de mordomias, eu via alguém simples. Ele era apenas alguém com dinheiro. Nunca alguém arrogante por ter dinheiro. Era isso que o diferenciava de muita gente que conhecia. E assumo que me encantei. Durou uns 3 meses praticamente. Depois de uma semana de convívio e uma interminável ficha de atos impulsivos, intolerantes, egoístas, sem nenhuma gota de remorso ou autocrítica, resolvi parar por aqui. Parar de gastar amor pra quem não sabe receber amor.
Quando resolvi me afastar dele, fiquei tão perdida, que a primeira pessoa que encontrei que me deu uma esperança de vida melhor, foi como um imã. Eu estava desesperada, minha vida social acabada e ao contrário do anterior, ele e eu tínhamos inúmeras coisas em comum. Dois piscianos vivenciando os dramas da vida da forma mais negativa possível, com mil e um sonhos na mente. Ali pensei que valeria a pena arriscar. Um amor de benefícios baseados na compreensão, na compaixão, na sensibilidade, no altruísmo... 
Depositei toda minha esperança ali esperando que ele fosse tudo aquilo que eu esperava que fosse. Preciso mesmo dizer como isso acabou? Acabou assim.
"No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficamos arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos." Disse a sábia Elizabeth Gilbert no livro Comer, Rezar, Amar.
Droga! Deveria ter lido esse livro antes de mergulhar de cabeça num outro relacionamento falho. Ou deveria ter procurado o equilíbrio, que eu só acho quando estou sozinha, antes de tomar qualquer decisão. 
Sabe, não aguento usar mais verbos no futuro do pretérito (a não ser que seja para expressar modéstia). Essas decisões que eu poderia ter tomado mas acabei optando, por vezes propositalmente outras ingenuamente, pela opção errada, acabam com a minha sanidade!
Esse é o tipo de texto que desejo nunca mais ter de publicar novamente.


Texto por: Daniela P.

0 comentários:

Postar um comentário