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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Não finja que já não me conhecia


É ingenuidade sua pensar que ainda sou a mesma que conheceu. É burrice nunca ler as cartas que te escrevo. Talvez agora, quando resolveu abrir os olhos, não teria se assustado a ponto de desaparecer lentamente, como fumaça, da minha vida. 
Me admira você que é tão difícil comigo e consigo mesmo, julgar-me complicada. Do fundo da minha alma, te juro que nos últimos meses tentei ser mais simples. E aquela menina dramática do início havia sumido. Talvez não tenha notado. 
Mas chega de promessas! Já percebemos que o famoso "pra sempre, sempre acaba", mas sempre continuamos brincando de ilusão. Brincando de irmãos. Brincando de donos da razão. Brincando de compreensivos. Brincando com fogo. Até perceber que estamos nos queimando cada vez mais. Sabemos que toda brincadeira é de mentira, puro fingimento pra arrancar umas risadas do outro e criar um mundo diferente daquilo que é real.
Mas a única realidade, é que somos boçais demais pra identificar os problemas e cortar o mal pela raiz; pra distinguir descontração de ofensa; carinho de grosseria; sinceridade de ressentimento.
Orgulhosos demais, pra mais uma vez, deixar as diferenças de lado.
Eu sou assim. Sempre me justificando. Sempre tentando achar uma explicação pra tudo. Enquanto você, nem sequer precisa de motivos pra deixar tudo pra trás.


"Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora." Caio Fernando



Texto por: Daniela P.
Foto: Carol C.

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