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sábado, 24 de dezembro de 2011

Esperando o fim

Minha vida anda um pouco fora de controle. Eu ando caindo aos pedaços de vez em quando.
Eu não consigo me explicar para mim mesma. Perdi o dom de transcrever emoções para o papel, se é que algum dia eu tive esse dom. Eu conseguia deixar as coisas mais claras pra mim mesma. Agora eu me perdi. Vivo andando por caminhos tortos, desejando mudar por dentro, mas tudo aquilo que eu ando fazendo e dizendo prova o contrário. 
Perdida. 
Achando que amor é uma droga e que esperança foi feito pra idiotas acreditarem em algo que contorne suas falhas. Fingindo sorrisos...
Esperando ansiosamente mais um ano findar para começar de novo. Mas datas não datam. 
Mas a gente é assim; sempre deixando pra depois.
Sempre esperando o mundo mudar... permanecendo imutável.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vai passar....

Eu tenho uma coisa que, temo já fazer parte de mim. Não o digo com brio, felicidade, orgulho ou qualquer outro tipo de adjetivo que exprima valor. Digo com dor, vergonha, tristeza, opróbrio e suas mais variadas definições.
Esse pessimismo precoce que me impede de tentar algo novo me persegue. Me peguei sentindo isto por diversas vezes. Contudo a frequência com que ele aparece é controlável. Eu, eu mesma e eu de novo precisamos enxergar e/ou entender o quão palpável é o medo para poder evitá-lo. Não adianta você pai, você amigo, você José da padaria e até mesmo você terapeuta e seus longos anos de estudo e mestrados que o muro blindado de autoproteção criado dentro da minha mente, não vai sair assim, de um dia dia pra noite. 
Vão ser jornadas integrais de muito trabalho, chão, estrada, estrela, noites insones e muitos carneirinhos pra contar.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Terminal

Do que adiantou a tentativa malograda de adaptação, em suma? Se não há paixão, não há vontade, prazer, satisfação, felicidade enfim.
E todo dia pela manhã me perguntava por que raios fazia aquilo.
Todo dia retinha todo aquele desprezo, àquelas pessoas. (Não todas!)
Nunca acreditei no meu trabalho. Só no meu trabalho, se é que vocês entendem.
A diferença de valores e ambição; o significado daquilo tudo. O objetivo! A ética!
Não era pra mim. Não concordava. Não entendia. Nunca acreditei.
O que eu faço aqui? Perguntava-me sempre.
Mas acabou.
Me sentia como presa a um relacionamento no qual não sabia como terminar.
"O problema não é você, sou eu." A clássica desculpa dita pelos homens há séculos poderia servir também para rescisão de contratos.
Mas acabou.
E o que acontecerá agora... 
Quem sabe?


Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Acorda Brasil

Essa semana estamos presenciando através dos noticiários a prisão do traficante "Nem" e da ocupação da polícia na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, assunto cuja repercussão atravessa o globo de ocidente a oriente.
Partindo da premissa da construção de cenários, quando penso no caso Rocinha, me vem a cabeça: e se algumas décadas atrás, nos anos 70 por exemplo, no "milagre econômico", a educação também tivesse sido privilegiada com investimentos pesados? Será que hoje em dia o sistema educacional de fato atenderia a demanda?
E cá entre nós, é impossível falar de violência sem falar de educação.
Os dois são interligados. A diminuição de um, depende do sucesso de outro. 
Infelizmente, o descaso com os menos favorecidos ainda esta em evidência. Programas como UPP, UPA, PAC e derivados, ainda são insuficientes para a melhoria da qualidade de vida do cidadão brasileiro que esta sedento por mudança!
Eu vejo a reforma na educação uma solução permanente e eficiente a longo prazo para construir um Brasil melhor, com pessoas com mais discernimento, usufruindo de maiores e melhores oportunidades, correndo pra longe das drogas e do tráfico, participando de um crescimento efetivo do país. 
Não dá mais pra assistir de braços cruzados jovens se tornando delinquentes como se não houvesse outra escolha de vida; que ficam cegos mediante a "vida fácil" em detrimento da liberdade.
Isso tem que acabar já!

Texto por: Daniela P.
sábado, 12 de novembro de 2011

Para meninas

Lembrando que o texto abaixo não é uma generalização.


Uns dias atrás li um texto que dizia que mulheres extremamente chatas e ciumentas eram as que os homens jamais esqueceriam, por terem sido as melhores namoradas, seguido de uma observação de que mulheres assim não pedem perdão, são orgulhosas, mas que são as que mais dão valor...
Espera um pouco!
Quer dizer então que se eu brigar todo dia com o meu namorado porque eu fiz um dramalhão acerca de algo pequeno e continuar achando que minhas atitudes infantis são dignas de razão, ele não se esquecerá de mim, caso nosso relacionamento venha a terminar, pois minha postura frívola foi apenas pra demostrar meu amor sem limites?
Isso é um desgaste emocional sem tamanho! 
Certamente, meninas assim fizeram a vida do pobre moço um inferno e esse é o motivo pelo qual eles nunca esqueceriam da namorada; temendo encontrar outra com as mesmas características.
Não se iludam a ponto de achar que homem gosta de ser controlado, de lidar com ciúmes - na maioria das vezes - extremos e aguentar drama meia-boca de garota insegura.
Eu sou mulher e entendo que muita dessas coisas não são propositais e na hora não há uma clareza sobre o negativo impacto que isso causa num relacionamento. Mas vamos lá, pedir desculpas faz parte do desenvolvimento do amadurecimento. Quer prova de amor maior do que deixar o orgulho de lado?
Tudo nessa vida precisa de uma flexibilizada pra dar certo.
Esse é o real significado de dar valor a quem se ama.
Façamos a nossa parte.
Já ouvi muito mulheres dizerem que falta homem de verdade nesse mundo. Eles dizem o mesmo de nós. E com razão.

Texto por: Daniela P.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Primavera

Dizem que a primavera é a estação do amor.
Não é uma verdade absoluta, mas nada como uma boa suposição para iniciar uma boa expectativa.
A estação começa não diferente das outras, com supostos amores. E breves, repito, breves envolvimentos com um sentimento de vazio imutável. 
Mas este não por falta de pessoas, mas por falta de toque. 
Como uma boa observadora que sou percebi que não há mais casais como antes.
Estar junto parece ser mais questão de suprir carência do que pelo prazer intrínseco de construir uma felicidade a dois.
Quero distância de superficialidade.
"Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio", disse Renato Russo num quase dejà vu vivenciado por mim, hoje.
Por favor, um amanhecer bem ardente e feliz. 
Preciso respirar um ar de primavera com cheirinho de amor!


Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dividindo experiências

Hoje vou tirar o dia pra falar do meu trabalho.
Comecei faz umas três semanas e nunca achei que isso mudaria minha visão acerca do comportamento humano, digamos assim. Achei que só mudaria minha rotina e pronto. Mas o que eu venho aprendendo e me tornando diariamente, não há salário que pague.
Pois bem, trabalho como negociadora numa empresa de recuperação de crédito de grande porte. Sou intermediária entre bancos e clientes. Minha função é ligar para as pessoas que têm dívida com o banco, informar o valor atualizado do débito e conceder um bom desconto para que o mesmo possa quitá-lo.
Não é o emprego dos sonhos, muito pelo contrário; envolve muito estresse, dores abdominais, pressão, e até o velho e perseguidor de almas cansadas: o tédio.
Mas, mesmo assim, eu amo meu emprego, porque eu ajudo as pessoas. E isso faz com que eu me sinta importante.
Uma das posturas fundamentais que preciso ter pra exercer essa função é ser sempre e acima de tudo, educada com as pessoas. Caso contrário, minha atitude pode render uma boa ação judicial contra a empresa que eu trabalho.... e eu não quero isso.
Então, tirei meu autodomínio do armário e incorporei no meu dia-a-dia.
Já perdi as contas de quantas vezes fui insultada. De quantas vezes não fui ouvida ou de quantas vezes tive que repetir a mesma coisa pra fazer a pessoa do outro lado da linha entender que faz parte do meu trabalho ter de telefonar às 8hs da manhã. Eu não tenho culpa. São as regras. E a pior parte nisso tudo é que eu não posso perder o controle.
Já perdi as contas também de quantas vezes vi colegas de trabalho no auge da irritação. Ouvi palavrões que não se ouve nem em partidas de futebol ou no trânsito.
Na última sexta-feira, numa das primeiras ligações do meu dia, uma senhora, muito educada por sinal me disse o seguinte: "Já te disseram que você é um anjo? Você não tem ideia de quantas pessoas já me ligaram e foram extremamente grossas, ameaçaram confiscar algum bem meu e você foi compreensiva desde o começo. Obrigada."
Naquele dia eu poderia não fazer nenhuma negociação. O que aquela senhora disse já fez com que eu ganhasse meu dia. Ser educada rendeu um ótimo elogio que me fez sentir realmente satisfeita com o meu trabalho. Eu tirei a preocupação dos ombros de alguém que não anda tendo sorte nos negócios. O que ela menos precisava era de alguém cobrando algo que ela não tinha condições naquele momento de dar.
As pessoas exigem muito. Mentem. Ameaçam. E no contexto do trabalho, só pra conseguir uma migalha de comissão no final do mês.
E muitos não conseguem pela falta de paciência, de sensibilidade, de tato.
Não importa se te tratam mal. Fazer o mesmo só te torna imprudente diante de valores profissionais e pessoais também. 
Minha tática de tratar a todos bem, me deu bons frutos. Sem exigências, sem esperar algo em troca. As pessoas simplesmente andam se desculpando quando se exaltam ou ficam mais calmas gradualmente, de acordo com o desenrolar da conversa.
Ando de bem comigo mesma, sorrio mais, compreendo mais a dificuldade alheia, seja quais forem. Me sinto realizada. 
Descobri que sendo afável com as pessoas, eu faço bem a mim mesma.

Texto por: Daniela P.
domingo, 16 de outubro de 2011

Metamorfose

Pessoas mudam. Se mudam para melhor ou pior não importa. O fato é: elas mudam.
Na minha perspectiva, isso envolve todo um processo de autocrítica, autocontrole e autoconhecimento. Cada um a sua maneira, sendo eficazes ou não a longo prazo. O fato é: as pessoas mudam.
O que me incomoda nisso tudo, é o ceticismo cego e altamente intransigente de algumas pessoas quando o assunto é mudança. Eu, por exemplo, já mudei tanto! Passei de extremamente antipática e indiferente para incrivelmente sociável e flexível. E eu falo sério.
Já mudei por mim, já mudei pelos outros, já mudei só pra que notassem a diferença como se alguém tivesse que me aplaudir por isso. Já tentei mudar sem sucesso.
Contudo, independente da intensidade da mudança e de quais tentativas foram fracassadas ou não, ninguém é o mesmo todo dia. Nunca serão.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um texto que teve seu prazo vencido

Eu só quero um colo em busca de conforto pra chorar as mágoas de um plano equivocado e um sorriso bonito de uma felicidade compartilhada. Dizendo pra você nunca deixar de terminar aquilo que começa.
Se o destino foi bondoso o suficiente pra permitir nosso reencontro depois de anos, me permito a acreditar que há uma razão louvável nisso tudo. E não há medo e nem cautela que vá me fazer titubear agora.
Eu só quero um colo, um cafuné e uma sensação de eternidade.


Texto por: Daniela P.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sem amor, sem glória

Ultimamente, ando convivendo com um turbilhão de sentimentos confusos e caóticos acerca da possibilidade de amar novamente. Mas confesso que dessa vez sinto mais medo do que todas as outras (poucas) vezes. A racionalidade me diz que eu não devo considerar expectativas positivas de amigos; já que da última vez que ousei apostar todas as minhas fichas num alguém que sempre teve um relacionamento estritamente de amizade comigo, eu percebi que amizade, é amizade. E o que começa assim, deve permanece assim. Demostrar carinho excessivo é apenas uma característica de alguém extremamente carinhoso. Só.
Eu sou especialista em confundir sentimentos e não sei se quero (ou devo) cometer esse erro (ou arriscar) mais uma vez, especialmente quando eu não consigo ler ou prever qualquer atitude de quem agora me importa.
Essa vida sempre me prega peças e me coloca em situações as quais não consigo tomar uma decisão, pensar com clareza ou ter intuições notórias. 
Tudo se mantém oculto nos olhos e no coração.
Sem amor. Sem glória...


Texto por: Daniela P.
domingo, 25 de setembro de 2011

Leve sempre seu pôr-do-sol...


Depois de tantas portas fechadas, as minhas esperanças eram em grande número comparáveis a raridades. Eu seria qualquer coisa que me fosse imposta, porém tudo permaneceu o mesmo. Mais telefonemas em espera acumulavam. Os dias passavam e a impaciência em mim não permitia que eu também passasse pelos dias. Não os via, não os sentia, não os aproveitava, não os preenchia. Parecia ser de um milagre que precisava.
Experimentei os maus bocados de uma primavera preta e branca.
Em meio a uma nova onda de oportunidades (e não confundas oportunidades com vitórias certas), agarrei as esperanças mais uma vez. O regozijo que tanto sonhei em sentir veio no final da tarde de uma sexta.
Passado e presente não importam mais. Agora, é pelo futuro que eu espero.


"Onde quer que você vá, não importa a previsão do tempo, leve sempre seu pôr-do-sol" Anthony J. D'Angelo


Texto por: Daniela P.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cautela

Quando nada na sua vida vai bem, a quem você recorre? (...)
Eu tenho tudo. 
Digo, absolutamente tudo que se precisa para viver. Mas sempre achei que faltava algo. Amor, talvez.
Sempre pedi a Deus que colocasse alguém na minha vida. E pedia por isso incessantemente.
Um dia minha oração passou do teto.
Pedi uma vida amorosa mais agitada e agora não sei lidar com tantas pessoas que andam aparecendo na minha vida. Pedi pra ser desapegada e Ele foi tão generoso que me concedeu indiferença pra dar e vender.
Cuidado com o que você pede a Deus... ele pode dar isso a você.


Texto por: Daniela P.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011

É necessário

Só eu tenho ideia dos sonhos que sacrifiquei por coisas que nunca fizeram parte dos meus planos; e isso acontece diariamente.
Convivo com devaneios de um futuro que sempre quis, que morre por outro que ando construindo porque é necessário. E a minha vida se desenrola assim; sempre pegando caminhos alternativos porque é necessário. Quando consigo respirar aliviada por rapidamente ter me adaptado e aprendido a ter gosto por algo que não é do meu feitio, aparece um desvio e novamente caio na problemática de que é necessário passar por diferentes situações e aprendizados, como se não houvesse outra opção válida. 


Texto por: Daniela P.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Perfídia

Após finalmente optar por um caminho novo, algo acontece pra deixar subentendido que ainda não é a hora de se acomodar. "Não é agora que minha felicidade será plena."
Mas a cada vez que surge um empecilho a novidade é maior: perco a fé nas pessoas, generalizo o todo, perco chances, reavalio decisões, volto atrás e lá vem a decepção novamente.
Decerto nunca estaremos livres disso. Mas com frequência?
Preciso de uma folga, principalmente quando se trata da mentira.
Ultimamente eu não ando querendo mais do que a sinceridade das pessoas. E eu achava que não era pedir demais.
Desisti de compromisso, de satisfação, de carinho, de ligações, de cartas de amor. Eu só queria alguém pra compartilhar alguns momentos verdadeiros; que me tratasse bem, que fosse transparente, que fosse cheio de defeitos e que permitisse que eu mostrasse os meus também.
Eu pensei ter achado. É engraçado como eu sempre penso isso. E sempre me engano. Aí eu perco de novo a fé nas pessoas, digo que nenhum homem presta, me fecho, fico fria, fico grossa, depois mudo antes que eu acabe afastando de mim aqueles que de fato se importam. 
Depois aparece um cara, me envolve, se mostra diferente e mais tudo aquilo que ando precisando em alguém no momento. Um tempo depois me avisa que esqueceu de dizer que já tem outro alguém. Pelo menos nessas horas a indiferença e o desapego são bem vindos. Mas ainda sim, cadê a honestidade que eu pensei ser sua característica marcante? Foi dar uma volta com o seu "eu" dissimulado? 
Bom, há uns 5 dias atrás se me perguntassem qual foi a maior loucura que já fiz na vida, eu te incluiria na história e faria parecer tão incrível quanto realmente foi.
Hoje, eu responderia que foi a burrice de atribuir tantas qualidades a alguém que eu tinha conhecido em menos de uma semana.


*perfídia 

1. Qualidade do que é pérfido.

2. Ação para enganar ou que contraria o que foi afirmado ou prometido. = DESLEALDADE, INFIDELIDADE, INSÍDIA, TRAIÇÃO


Texto por: Daniela P.
terça-feira, 6 de setembro de 2011

Alguém encheu meu coração com nada...

É triste perceber que aos poucos ando saindo da sua vida assim, sem ninguém perceber ou se importar. Chegamos ao ponto de sermos meras estranhas. Eventuais ligações, histórias resumidas e outras nem são contadas. Um almoço quando nossos horários são compatíveis. Pode parecer drama adolescente, carência, seja o que for, mas me parece que tempo é algo que não nos sobra. E quando há, é direcionado pra quem está mais perto. Pra quem convive, quem conhece e pra quem divide sorrisos e abraços; porque o que existe entre nós agora é uma distância física enorme e uma parede fria de lembranças despedaçadas. De falta de planos. Ausência de amor, de carinho... 
Não somos as mesmas e não estamos as mesmas. É mais fácil assumir isso por mais frustrante que possa parecer do que fingir que está sempre tudo bem.


Texto e foto: Daniela P.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Capela

Fazia tempo que eu vinha pedindo por um pouco de aventura e loucura nessa vida.
Por um tempo eu quis ser mais calma, sistemática, programar pequenos eventos e causar outros propositalmente. Achei que pra tudo tinha um tempo certo e me submeti a traçar uma linha de princípios onde havia prometido pra mim mesma respeitá-los. Uma linha tênue entre limite e monotonia.
Por um tempo resolvi ser um pouco mais poética, mais feminina, menos dramática e aprender a gostar sem analisar muito. Quis ser mais séria, mas lúcida, mais cautelosa. Quis ser de um jeito completamente oposto ao que sempre fui. Então isso quer dizer mudança.
Mas aqui baixinho... de que vale?
Ok. Você resolveu ser disponível pro amor, ficou até meio piegas. Conclusão: conheceu alguém legal, ganhou um ramo de flores, uma caixa de bombom e passou a ouvir músicas românticas. Mas aonde raios foi parar aquela aventura e loucura do começo?
Isso não é se sentir especial na minha opinião. Amar mesmo abrange muito mais do que presentes, um cartão, um abraço, um pouco de ciúmes, um final de semana juntos.
Essa magnificência do sentimento em si, eu não senti ainda.
É muito cedo. Não sei absolutamente nada sobre a vida. Meu punhado de experiências é derivado de livros. Há muita gente a se conhecer e não estou preparada pra continuar essa busca incansável por coisas ou pessoas que também não estão preparadas pra mim.
Então, volta a fita.
Vou voltar a me mostrar da forma mais crua possível. Parar de fingir ingenuidade e querer fazer a politicamente correta. Eu sou assim. Quer gostar, fica. Não quer, tchau. "A ordem é desocupar lugares, filtrar emoções". 
Às vezes penso no conceito de certo e errado na tentativa de encontrar um problema interno. Porém a única coisa que encontrei de errado foi basear a maior parte das minhas atitudes dependendo de catástrofes futuras.
Examinando sentenças, percebi que o certo é fazer aquilo que você julga te satisfazer. Porque é o fim do mundo levar uma vidinha pacata desejando mil coisas e não conseguir tê-las por medo de sei-lá-o-quê.
Veja bem, não nasci querendo ser exemplo de algo.
Eu só quero ter coragem pra pouco me importar com consequência.


*Capela: simbologia de peixes (meu signo) que me descreve literalmente.


Texto por: Daniela P.
sábado, 27 de agosto de 2011

Até uma próxima reencarnação

Sinto em lhe informar, mas você se interessou pela pessoa errada. Quando pensou já me conhecer o suficiente, certamente te surpreendi. Para pior.
Especialmente depois de expor tantas visões fúteis e generalizadoras sobre assuntos tão irrelevantes. Tentou se mostrar crítico, visionário, esperto... bom, dei boas risadas as suas custas.
Obrigada por me provar inúmeras vezes que não me conhece nenhum pouco, mesmo depois de todas as vezes que dividi contigo problemas, contando como me sentia, o que me afetava, o que eu gostava, como via a vida... você não soube aproveitar as fisgas, não soube tocar mais fundo. 
Você acaba de entrar oficialmente para a lista daqueles que tentam impressionar e agradar, mas o máximo que conseguem é ganhar ainda mais o meu desprezo.
Indiferença é minha característica marcante.
Evitar é uma arte.
Desculpe, mas têm dias que sou humanamente incapaz de ser gentil.


Texto por: Daniela P.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Gravidade

Me permiti acreditar que se tudo aconteceu tão súbito, deveria existir um motivo pra isso. Ninguém surge na sua vida dessa forma. E nem vai embora tão cedo da forma que foi. 
Eu só queria poder ir pra um bar sábado a noite e ficar abraçadinho com alguém que me fizesse espirar esperança. Que me fizesse dizer "agora sim!".
Agora sim eu posso ter a certeza de que não há melhor lugar para se estar. Eu não queria ter que pensar em mais ninguém. 
Atentei para conselhos de amigos para ir com calma. A vida é efêmera, mas decerto há tempo pra tudo. Não era o nosso tempo, nunca foi. O que começou com uma brincadeira permaneceu assim e acabou antes que a gente pudesse rir de verdade disso tudo e de como as coisas são. Antes de eu poder me mostrar por inteira pra que você pudesse concordar que existe um problema em ser eu mesma. Antes de um sábado a noite. Antes do bar. Antes do "agora sim".
Agora sim eu posso voltar a curtir meu momento frágil. Sem consciência pesada, sem ter que dar satisfações. Voltando a pensar em alternativas que me façam conseguir deixar de ser desapegada. Eu pedi tanto por isso, que me arrependo. 
Achava que talvez agora, devagarinho, eu conseguisse ocupar meu coração com algo além de vaidade e orgulho. Com algo bom, diga-se de passagem.
O "agora sim" pediu mais um tempo. 
"Espera, menina". Mas espera acreditando que vai chegar.


"Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. Fiquei menos cafajeste, menos racional, menos eu. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo."
CFA
terça-feira, 23 de agosto de 2011

A única exceção

Outro dia te contei dos meus medos. De como temia sobre me deixar finalmente envolver com outro alguém e ter de abdicar de vários momentos, planos, pessoas. Você.
Sinceramente não me sinto a vontade pensando nisso tudo. Eu possuo uma postura muito reativa diante de possibilidades de mudanças repentinas e drásticas, mas só quando o assunto é você
Olha, não te pedindo em casamento e nem quero algo que lembre um relacionamento a dois. 
Só quero ter certeza que você sempre vai estar ali, por perto. Porque quando você vem, eu perco todos os medos que disse que tenho. Não me importo de você me achar meio boba, meio burra, meio estranha ou seja lá o que for. Com você, eu posso ser eu mesma, sem medo de você ir embora de repente como todo mundo faz.
E se você for, eu sei que volta. Você sempre volta.


Texto por: Daniela P.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lei da sobrevivência


Durante uma das minhas aulas na faculdade, meu professor de fundamentos da administração e ética profissional, fez uma comparação curiosa; ao explicar o que significa uma organização, afirmou que todos nós somos uma. Decerto, somos. Organização, sucintamente, é um sistema que utiliza recursos para atingir um objetivo.
Acabo de descrever o papel da vida.
Utilizamos recursos, tangíveis e intangíveis, sendo eles o tempo, o espaço, o conhecimento... tudo em prol de um objetivo, envolvendo planejamento, eficiência e eficácia.
O que muitos esquecem, são que as pessoas possuam um papel fundamental para mover as organizações, sendo elas o elemento mais importante dentro do sistema. E há ainda aqueles que insistem em viver na auto suficiência...
O sucesso da organização, no entanto, é singular. Depende da capacidade de se enxergar de maneira diferente e mudar costumes e procedimentos arraigados em sua cultura.
Inflexibilidade é sinal verde para a falência. 
Afinal, os tempos mudam e adaptações são constantemente necessárias. 

Texto por: Daniela P.
domingo, 14 de agosto de 2011

Para o melhor pai do mundo...

Apesar de tudo que será escrito a seguir, sejam verdades incontestáveis, me desculpo antecipadamente por esperar o dia de hoje pra dizê-los, ainda que o mesmo tenha um caráter relativamente mais especial que os outros dias...


A pior parte de ter de crescer, é esquecer pequenos gestos praticados demasiado quando crianças. Gestos no qual são essenciais para a nossa existência em potencial. Não sei com os outros filhos, mas os anos vieram e levaram consigo atitudes vitais, que deveriam ser praticadas por mim até o presente momento. E são. Mas em silêncio. 
Demonstrações de carinho se perderam em estações intermediarias entre a vergonha e a ausência de espontaneidade. Sejam eles abstratos ou físicos.
Se acomodaram, se dissiparam, se esqueceram, se perderam. Despertaram, voltaram, cresceram, aconteceram.
Aos poucos, mas insuficientes.
Quantas vezes os gritos foram mais altos, os choros mais constantes, às portas fechadas. Lembrados com mais frequência que os raros beijos. Raros abraços. Raros bom-dias respondidos no mesmo timbre e entusiasmo. Raros almoços e jantares juntos à mesa. 
Lembro-me de diversas vezes que saiu e, ao demorar a retornar, tive meu sono ou paz interrompida. Tenho aptidão para imaginar o pior. Descobri que é hereditário. Uma doença chamada superproteção, conhece? 
Mesmo sabendo que às vezes protegendo demais a gente desprotege. Mas você nunca entenderá isso. Sobretudo sempre haverá alguém preocupado com a minha segurança. E com o meu futuro, com o meu conforto, com a minha sanidade, com o meu humor, com o que eu comi no café-da-manhã. E sempre vai perguntar se eu preciso de algo. Mesmo tendo um valor inestimável, sei que não descansaria até conseguir... e dormiria pensando em alternativas estratégias planos metas. E perderia o sono. No dia seguinte viria com palavras boas, fazendo valer o crédito. 
Eu posso perder a fé, mas você jamais perderia.
E constantemente me lembra das promessas que fez. E que vai cumpri-las.
A minha retribuição é, majoritariamente, sendo grossa, sem te olhar nos olhos, desmerecendo todo teu esforço em me fazer feliz.
Se há alguma forma digna de me desculpar por absolutamente tudo, o faço agora.
Saiba que te tenho como exemplo de vida por ter passado por tanta dificuldade sem quase nenhuma assistência. Perder tantas pessoas e coisas e ter que recomeçar tantas vezes, exige muita coragem e diligência. Algo que aprecio muito em você.
Aliás, o começo das muitas coisas que admiro em você, Senhor Luiz!
Eu te amo!
Feliz dia dos pais!

Texto por: Daniela P.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ao infinito e além

Sabe, quando as coisas se encaixam?
Eu pedi tanto pra Deus, pra Ele me guiar por estes caminhos tortuosos e me livrar dessas pessoas ásperas que só sabem contar desgraça. E dizem que sabem o que é o momento no qual estou passando, mas dizem que não dura muito tempo. 
"Não sonha muito", escuto muito isso por aí. 
Ainda bem que não sou muito de dar bola pra "conselho".
Meus objetivos, agora, gravitam entre dois pólos: a possibilidade de acontecer mais cedo do que previa e a possibilidade de ter que esperar mais um pouco.
E independente de qual pólo ele esteja mais próximo, já me sinto como se tivesse conquistado o mundo! 
Melhor do que se sentir feliz, confiante, viva... é ver quem você ama, se sentir da mesma forma que você.


Texto por: Daniela P.
Foto: Beatriz G.
domingo, 7 de agosto de 2011

Dias assim

Existe um texto do Charles Chaplin que eu adoro que diz, em síntese, que nós somos responsáveis por escolher o tipo de dia que teremos hoje.
Desde que acordei não paro de escutar músicas melancólicas e até então venho curtinho uma fossa daquelas.
Escolhi permanecer assim.
Embora minha semana tenha sido inacreditável por ter acontecido tanta coisa boa num intervalo de tempo tão pequeno e não haja nenhuma razão para alimentar a tristeza, hoje eu resolvi parar pra me analisar.
E você não imagina quanta coisa tem fora do lugar...
Quanto sentimento meia-boca eu quero jogar fora. Só pra abrir espaço pra algo novo entrar. 
Renovar esses ares.
Eu ando sedenta por novidade e só me aparece gente igual. Ou aquelas pessoas tão sem nada a oferecer a ponto de você ter que dar uma desculpa só pra não vê-las mais.
Quando eu encontro alguém quase lá, o meu eu-mesma é tão energético, que acaba afugentando quem eu queria ter por perto. 
Mas aí eu que não soube cuidar e nem ir com calma. Porque eu acabo exigindo muito de todo mundo e esqueço como devo lidar com as pessoas.
E eu acabo esquecendo como é. Por me afastar. Por sumir. Por deixar pra trás.
Eu acabo esquecendo que as pessoas têm coração também. 
E não lembro de me desculpar e nem de me perdoar, por perder muita coisa assim, de graça.

Texto por: Daniela P.
sábado, 6 de agosto de 2011

Desperte

Tem gente que quer tanta coisa. Mas se vê fazendo pouco e pensam que fazem muito. Gente inflexível, que não está disposta a perder os medos, trabalhar as fraquezas... gente que atrasa a gente.
Me incomoda a falta de discernimento. 
Essa acomodação... achando que as coisas chegam na hora que têm que chegar. 
E chegam. Mas não pra quem não demostra pressa em tê-las.


Texto por: Daniela P.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Reencontros...

Depois de noites mal dormidas, muita ansiedade e uma briga com o relógio, finalmente chegou o "grande" dia. O dia do reencontro. 
Fazia muito tempo, ambos havíamos mudado e eu sinceramente não conseguia imaginar como poderia ser.
No caminho vim pensando em tanta coisa pra te falar, mas na hora só consegui ficar te olhando e me odiando por quase ter esquecido de traços tão seus. O jeito que seus olhos ficam claros contra a luz e como eles são lindos... 
Eu só conseguia sorrir, por poder sentir você de novo, e quase chorar, por ter que dizer adeus mais uma vez. Meu forte nunca será a despedida. Mas espero que haja muitos outros reencontros, muitos outros adeus... até que um dia estejamos próximos o suficiente para jamais ter de dizê-lo novamente.
Embora tenha sido tudo tão depressa, as lembranças parecem ser tão infinitas...
E valeu a pena.
Todos os segundinhos contados. 
Nem que fosse só pra te ver de bem longe, eu iria mesmo assim. Mesmo que só desse tempo de acenar... eu estaria lá.
Afinal, quando é que você tem certeza absoluta que apenas 20 minutos, salvariam as outras 23horas e 40 minutos do seu dia?


Texto por: Daniela P.
sábado, 30 de julho de 2011

Soneto da vergonha


Pontos turísticos conhecidos mundialmente
A terra da felicidade aparente
Possui riquezas abundantes
Tomados pela corrupção constante

Aqui é lugar de um homem só
Onde sonhos se tornam pó
E a esperança se consome então
Juntamente com o futuro da nação

Ô ministério da saúde, transporte e educação
Olha pro povo tomado de aflição
Preocupados com os dias que virão

Convivendo com esse governo hostil
De política abstencionista e desonestidade sutil
Este, é meu Brasil!


Texto por: Daniela P.
segunda-feira, 25 de julho de 2011

Subitamente

Isso de felicidade não é mesmo nada durável. Se não houver uma força interior arraigada àquilo que é bom como forma de precaução, um eventual período de melancolia pode proporcionar danos em si mesmo e à quem está ao redor.
Sabe, hoje acordei de mau humor. Completamente cansada de tudo: de distribuir risinho vazio por aí, de fingir simpatia, de sempre dizer que está tudo bem. Cansei de não conseguir me apaixonar por ninguém; de não ter alguém dormindo do meu lado; cansei de esperar o dia seguinte ser melhor que o de hoje. 
Cansei de ser rodeada de pessoas mas no final das contas parecer não ter ninguém de fato. 
Cansei! Mas só por hoje...


Texto por: Daniela P.
domingo, 24 de julho de 2011

Destino: sucesso!

Se você é daqueles que planeja sua vida antecipadamente e minuciosamente, deve saber como é perturbador quando as coisas tomam outra trajetória. 
Nesse curto e inconstante tempo entre meu nascimento até agora - o que me atrevo a chamar de vida - fui forçada a aprender a lidar com troca de sonhos. Prazer pela necessidade. Amadurecimento imediato em detrimento do desfrute das coisas na ordem em que elas deveriam acontecer. Por exemplo, as etapas da consolidação de um "adulto" no sentido responsável da coisa, seriam os árduos estudos, a graduação e por fim, o trabalho. No meu caso, houve certas inversões. Me pediram pra ser adulta antes do que pensei. Sem hesitar, já me senti preparada, e aceitei. 
Que venham as oportunidades, as limitações, o medo, as portas fechadas, as segundas opções, as esperanças, as surpresas, os telefonemas, a insegurança, as entrevistas e tudo o que ela trouxer consigo. 
Já inserida nesse meio, me arrisquei a transformar a necessidade em prazer. Não tem trem super lotado e trânsito caótico que me faria desanimar. Por via das dúvidas eu entro num táxi e pego um atalho.
Destino? Sucesso!


Texto por: Daniela P.