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terça-feira, 15 de março de 2011

Dezoito anos

Pra quem só via esses números como um sinal de maioridade, pra mim era significado de liberdade! Não aquela liberdade de poder sair sem pedir aos pais e voltar pra casa a hora que bem entender; a liberdade que tinha em mente era a de expressão; de poder expor meu ponto de vista e tê-lo como uma opinião madura o suficiente pra ser levado a sério. Mas antes disso, creio eu, que teria que aprender a me ver como uma adulta e por isso, esperava ansiosamente pelos tão sonhados dezoito! O dia chegou e ainda possuo meus medos de criança e minhas paixões adolescentes. Não me sinto especial, não me sinto diferente. Não sinto o dia como o melhor do ano, como sempre esperei que fosse. Nada saiu como imaginei e tudo continuou simples e normal. O mais próximo de adulto que me sinto, é causado pela fadiga. Me sinto como uma velha, cansada de estar cansada; esperando tudo mudar e reclamando por não acontecer; exemplificando situações, expondo experiências mal vividas e contando histórias do que queria ser e não consegui. Almejando alcançar objetivos altos demais, sem querer tirar os pés do chão. 
Quem sabe quando a responsabilidade bater a porta, eu finalmente me sinta um ser maior... me sinta importante. Um primeiro emprego, mais tarefas domésticas a fazer e até um primeiro namorado, são opções. 
Agora, estou preparada pra me desacorrentar de tudo que me prendeu até hoje.


Texto por:  Daniela P.

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