Pra quem só via esses números como um sinal de maioridade, pra mim era significado de liberdade! Não aquela liberdade de poder sair sem pedir aos pais e voltar pra casa a hora que bem entender; a liberdade que tinha em mente era a de expressão; de poder expor meu ponto de vista e tê-lo como uma opinião madura o suficiente pra ser levado a sério. Mas antes disso, creio eu, que teria que aprender a me ver como uma adulta e por isso, esperava ansiosamente pelos tão sonhados dezoito! O dia chegou e ainda possuo meus medos de criança e minhas paixões adolescentes. Não me sinto especial, não me sinto diferente. Não sinto o dia como o melhor do ano, como sempre esperei que fosse. Nada saiu como imaginei e tudo continuou simples e normal. O mais próximo de adulto que me sinto, é causado pela fadiga. Me sinto como uma velha, cansada de estar cansada; esperando tudo mudar e reclamando por não acontecer; exemplificando situações, expondo experiências mal vividas e contando histórias do que queria ser e não consegui. Almejando alcançar objetivos altos demais, sem querer tirar os pés do chão.
Quem sabe quando a responsabilidade bater a porta, eu finalmente me sinta um ser maior... me sinta importante. Um primeiro emprego, mais tarefas domésticas a fazer e até um primeiro namorado, são opções.
Agora, estou preparada pra me desacorrentar de tudo que me prendeu até hoje.
Texto por: Daniela P.
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